Bibliotecária Maria Regina Alcantara foi contratada em Mateus Leme
Quando se aposentou, com apenas 53 anos, a bibliotecária Maria Regina de Oliveira Alcantara (CRB-6/2784) sentiu que estava interrompendo um sonho. “Eu estava no auge da minha carreira, amava o que fazia. Quando parei, entrei em depressão”, conta. Em maio deste ano surgiu uma oportunidade de voltar à ativa. Graças ao trabalho de fiscalização do Conselho Regional de Biblioteconomia 6ª Região (CRB-6), o Governo de Minas Gerais abriu vagas para designação na rede estadual de ensino, e ela decidiu se candidatar.
Aprovada, ela hoje trabalha na biblioteca da Escola Estadual Elias Salomão, no município de Mateus Leme. A instituição foi destaque na mídia há alguns anos por um trabalho inovador que chegou a receber o Prêmio Bom Exemplo na categoria Educação, uma iniciativa da Rede Globo.
O projeto Elits, desenvolvido desde 2013, premia os melhores alunos da escola. Todos os anos, os estudantes recebem uma determinada quantidade da moeda virtual “elits”. Os bons comportamentos são premiados com mais moedas, enquanto atitudes inapropriadas acarretam perdas. Ao final do ano, os melhores recebem prêmios doados pelos comerciantes e pela comunidade.
A biblioteca é integrada ao Elits, oferecendo pontuação extra para os alunos mais assíduos. “O espaço é uma gracinha. O dinheiro que eles ganharam com alguns projetos foi revertido para a compra de livros, o que aumentou muito o acervo”, conta Maria Regina. Mas, como a biblioteca não era gerida por um profissional da área, nada estava catalogado de acordo com as regras. Por isso, a bibliotecária tem se dedicado, sobretudo, à organização.
“Quando cheguei lá, já estava tudo informatizado. O problema é que eles usam um sistema próprio, que ainda não está adaptado à realidade de uma biblioteca”, diz. A profissional tem auxiliado a área de tecnologia da informação a aprimorar o sistema, de modo a adaptá-lo às necessidades específicas dos bibliotecários.
Além disso, são desenvolvidas diversas ações culturais na biblioteca, que vão desde as visitas agendadas até projetos maiores, como concursos de poesias e ações pela cidade. “Esse trabalho é algo divino. Consigo levar os alunos para lá e passar essa paixão pela leitura para eles. Trabalho com jovens o tempo inteiro e acho que estou conseguindo, de alguma forma, fazer com que eles gostem mais dos livros.”
O futuro, porém, ainda é incerto para a bibliotecária. O contrato de designação se encerra em dezembro deste ano, e Maria Regina diz que vai fazer de tudo para continuar o trabalho na escola. “Só um bibliotecário pode fazer esse trabalho que executo. Não sei se vou ter tempo hábil para colocar tudo em prática, mas é muito importante ter um profissional dedicado a isso.”
É por isso que ela considera tão necessário o trabalho de fiscalização realizado pelo CRB-6. E adverte que muitas bibliotecas de escolas da cidade permanecem fechadas porque não se percebe a importância daqueles espaços. “O Conselho deveria vistoriar ainda mais. Precisamos fazer algo para incentivar os diretores a abrirem as portas destes espaços.”
Conheça outras histórias
Ao longo do ano, o CRB-6 já publicou diversas matérias para contar a história de profissionais contratados após as fiscalizações do Conselho. Leia os relatos já publicados:
– Águida Heloiza Almeida de Paula (CRB-6/2191)
– Ana Paula Meira (CRB-6/2768)
– Ângela Aparecida Ribeiro (CRB-6/3395)
– Camila Canto Garcia Netto (CRB-6/3365)
– Célia Barbosa (CRB-6/3123)
– Cristina Maria Viana Camilo de Oliveira (CRB-6/1819)
– Fernanda Samla Souza Costa (CRB-6/3289)
– Gabriela de Oliveira Gobbi (CRB-6/ES 825)
– Humberto Damião de Souza (CRB-6/ES 850)
– Kauara Katrine Faria Silva (CRB-6/3193)
– Luiz André Orbez Schubsky (CRB-6/3343)
– Márcia Aparecida Cecílio (CRB-6/1660)
– Marcos Roberto da Silva (CRB-6/2655)
– Michelle de Paula Machado Venuto (CRB-6/2518)
– Nádia Lages de Medeiro Alves (CRB-6/2089)
– Nádia Santos Barbosa (CRB-6/3178/P)
– Rafaela de Paula Amaral de Souza (CRB-6/2300)
– Simone Alves Diamantino (CRB-6/2184)