Exigência da burocracia vira negócio e não para de crescer. Uma folha de pagamento precisa ser preservada por 35 anos.
Sabe aquela necessidade de guardar recibos, comprovantes de pagamentos, notas fiscais?
Se tudo isso ocupa espaço na sua casa, imagine toda essa papelada toda na vida das empresas.
Agora já tem gente transformando as exigências da burocracia em negócio.
Você já se sentiu perdido em meio a papelada que junta? Se em casa você até organiza contas, contratos, extratos em uma caixa de sapatos, no mundo empresarial não tem caixa que chegue.
Os contratos dessa empresa têm umas 10 páginas que precisam ser assinadas pelos clientes e pela empresa depois vai juntando os documentos, carteira de identidade, comprovante de residência, comprovante de rendimentos, tudo isso vira uma pastinha que é colocada em uma caixa. Agora, imagina daqui a seis meses? Daqui 10 anos? Agora, imagina uma produção em uma empresa grande, imagina quanto documento uma cidade como São Paulo produz todos os dias.
Para ajudar a sua imaginação, veja só:
– Um recibo de pagamento tem que ser guardado por 5 anos.
– Os exames médicos dos funcionários por pelo menos 20 anos.
– Uma folha de pagamento precisa ser guardada durante 35 anos;
Assim a administradora de planos de saúde, que recém chegou ao mercado, já não tinha mais onde botar papel.
“A partir do momento que o cliente não tem mais relação com a empresa, a gente tem que armazenar os contratos deles por 5 anos, no mínimo”, explica o diretor da Adm. de Plano de Saúde, Paulo Sampaio.
A solução foi entregar a papelada para uma empresa que guarda documentos de outras empresas – um negócio impulsionado pela burocracia e que não para de crescer.
Folhas de pagamento, contratos, exames médicos. Tudo é separado, catalogado. Depois forma paredões de caixas de documentos. Mas em tempos tão digitalizados, não dava pra se livrar da papelada?
“Não dá por causa da legislação brasileira: não é valido o documento digitalizado, tem que apresentar o documento original,” diz Paulo Carneiro, fundador da empresa.
Assim as pilhas de caixas constroem a imagem de uma burocracia parada no tempo.
“Algumas leis são lá de 1900 e bolinha e o Brasil não evolui nessa questão de legislação e a partir daí obriga os empresários e qualquer empresa, seja ela pública ou privada, a ter o documento guardado porque ela precisa provar através desse original no papel, afirma Paulo Carneiro”.
Fonte: TV Globo