Uma parte do acervo do fotógrafo e colecionador de câmeras fotográficas Pedro Mordente está exposta na Biblioteca Central. Equipamentos de diversas épocas e tipos contam não apenas a história das câmeras, mas, segundo o filho do colecionador, Beto Mordente, a história da vida de Pedro.
A mostra Passado e presente: acervo fotográfico de Pedro Mordente foi viabilizada pela Lei de Incentivo à Cultura de Belo Horizonte. A exposição pode ser visitada na entrada do prédio da Biblioteca Central, de segunda-feira a sexta-feira, das 7h30 às 22h, até 30 de setembro.
Nascido em Passagem de Mariana, Pedro começou muito cedo a lidar intuitivamente com a fotografia. Veio para Belo Horizonte aos 18 anos para trabalhar numa relojoaria e estúdio de foto na estação rodoviária. Tirava retratos e virava madrugadas revelando e ampliando as fotos.
Trabalhou em diversos estabelecimentos ligados à fotografia na capital antes de montar sua própria loja, a Pedro Cine Foto, em 1967. Artista autodidata, Pedro dizia que para ser um bom fotógrafo “é preciso ter conhecimento, gosto pela arte, sensibilidade e calma ao fotografar”. Beto Mordente conta que a coleção do pai começou naturalmente. Ele fez muitos amigos, que lhe presenteavam com câmeras.
Pedro Mordente morreu em 2000, aos 71 anos, deixando seis filhos e um acervo de 700 câmeras. A família manteve a administração da loja, e Beto resolveu também preservar o legado do pai, dando continuidade à coleção, que hoje soma mais de 1000 câmeras.
Fonte: UFMG