A cidade de Ribeirão das Neves, na região metropolitana de Belo Horizonte, iniciou em 2022 o Projeto Hora da Palavra, que tem como objetivo divulgar as três bibliotecas públicas municipais para os moradores, realizando encontros entre usuários e escritores ou pessoas que atuam na área da cultura nestes espaços. Com isso, as bibliotecas Ilka Maria Munhoz Gurgel, Terezinha de Carvalho Labanca, que são públicas, e Indústria do Conhecimento, que integra o Sesi. Elas vão receber, ao longo do ano, três etapas deste evento cada uma.
As ações são realizadas sempre na última sexta-feira do mês, das 15 às 16 horas, de forma itinerante entre as três instituições, tendo sempre um convidado que trabalha na área da cultura para promover e despertar o interesse pelos livros e pela leitura.
A Superintende de Cultura do Município, Andréia Patrícia, que também é escritora, foi a criadora do projeto. Ela explica que a intenção da prefeitura é avaliar os resultados para, se possível, ampliar a realização dos eventos, para que cada biblioteca organize encontros mensais em seus espaços. “Nosso objetivo é levar as pessoas ligadas à literatura para que elas conversem com a população e falem do seu trabalho. Com isso, também divulgamos as bibliotecas municipais e seus acervos”, detalhou.
O projeto teve início em março deste ano e segue até o mês de novembro e já contou com escritores, contadores de história, professores e historiadores em suas atividades. Em agosto a atividade será realizada na Biblioteca Ilka Maria Munhoz Gurgel, que fica no centro da cidade, na rua São Vicente, 62, e terá a participação da escritora e contadora de história Delba Menezes.
Para a Bibliotecária Celme Aparecida da Costa (CRB-6/1719), responsável pelo espaço do próximo evento, a expectativa é que o encontro proporcione uma boa interação com o público. “Vai ser um bate-papo gostoso e por recebermos uma escritora que é do município, então também vamos ter esse aspecto de fortalecer os laços locais. E essa atividade é importante nesse momento após a pandemia, porque as bibliotecas fecharam por muito tempo e algumas até nem reabriram, com isso o público, que esteve afastado, está voltando a frequentar a biblioteca”, descreveu.
Celme também falou da importância de iniciativas para criar leitores e ampliar o contato com os livros. “São desafios constantes para os Bibliotecário e esse projeto é um caminho, mas também estamos buscando outros, como a atualização do telecentro que funciona na biblioteca. Estamos seguindo em frente, para não deixar a biblioteca fechar, pois sabemos o quanto ela é importante para a comunidade”.