O jornalista e escritor Zuenir Ventura tomou posse na noite de sexta-feira (6) na ABL (Academia Brasileira de Letras). O mineiro ocupa agora a Cadeira 32, que antes pertencia ao dramaturgo, poeta e romancista Ariano Suassuna, que morreu em julho do ano passado.
O mais novo imortal da ABL é colunista do jornal O Globo e já trabalhou em veículos de imprensa como o “Jornal do Brasil”, “O Cruzeiro” e “Veja”. Há alguns anos, o escritor era cotado para a ABL, mas abriu mão de se candidatar pelo menos três vezes para evitar concorrer com amigos.
Zuenir Ventura ganhou os prêmios Esso e Vladimir Herzog em 1989, pela série de reportagens investigativas sobre o assassinato de Chico Mendes, que resultaram no livro “Chico Mendes — Crime e castigo” (2003). Com seu livro mais recente, “Sagrada Família”, foi finalista do Prêmio Jabuti em 2013.
1968 – O ano que não terminou
Reconstituição dos acontecimentos de 1968 no âmbito do país. Os heróis dessa geração que queriam virar o mundo pelo avesso, seus dramas e paixões, suas lutas e vitórias estão descritos neste relato que ajuda na compreensão do Brasil contemporâneo
Editora Planeta
1968 – O que fizemos de nós
Em 1989, 21 anos depois do emblemático 1968, Zuenir lançou 1968 – O ano que não terminou, um clássico da não ficção brasileira. Sua investigação sobre o período, no entanto, não parou por aí. Para Zuenir, era preciso também averiguar onde se ouviriam os ecos dos sonhos e as desilusões de uma geração que ao menos pretendeu mudar o mundo.
Para isso, investigou a maneira como os jovens da primeira década do século XXI se relacionavam com seus próprios corpos, com os corpos dos outros, com as drogas, com a política, ouvindo os filhos da revolução que não aconteceu. O resultado foi 1968 – O que fizemos de nós, lançado originalmente em 2008 e que viria a se firmar como outro clássico de um dos mestres do jornalismo brasileiro
Editora Objetiva
Chico Mendes – Crime e Castigo
O livro reúne reportagens escritas por Zuenir Ventura a respeito do maior líder ambientalista que o Brasil já teve. Quando foi assassinado, em 22 de dezembro de 1988, Chico Mendes estava com 44 anos e era mundialmente reconhecido por sua luta pela preservação da Amazônia
Companhia das Letras
Cidade Partida
A “cidade partida” do título deste livro é o Rio de Janeiro, cenário de uma verdadeira guerra: a da sociedade contra os bandidos.
Durante dez meses, Zuenir Ventura frequentou a favela de Vigário Geral (tristemente famosa pela chacina de 21 pessoas em agosto de 1993), convivendo com o outro lado da cidade, onde a vida não vale nada e a violência é a linguagem do cotidiano. Ao mesmo tempo, acompanhava ativamente a mobilização da sociedade civil contra a violência, que resultou no movimento Viva Rio
Companhia das Letras
Mal Secreto
Em “Mal Secreto”, o primeiro volume da coleção Plenos Pecados, Zuenir Ventura leva o leitor a um mergulho no universo daquele que foi apontado, numa pesquisa exclusiva, entre os brasileiros, como o mais conhecido dos pecados capitais: a inveja
Editora Objetiva
Sagrada Família
Em seu novo livro, Zuenir entrelaça memória e ficção para compor uma narrativa lírica e cativante sobre os amores que resistem ao tempo e a perda da inocência.
Com nostalgia e bom humor, o narrador faz uma viagem ao passado, à ficcional cidade de Florida, para recontar o que viveu em meio a uma numerosa família fluminense. A começar por sua tia, a bela Nonoca, 37 anos de idade e dois de viuvez, e suas visitas regulares à farmácia, onde recebia do farmacêutico atenções muito mais especiais do que uma simples cliente. E suas duas filhas, Cotinha e Leninha, 15 e 14 anos, ansiosas para conhecer o verdadeiro amor
Editora Alfaguara
Fonte: Livros só Mudam Pessoas | Luciana Sarmento, no Brasil Post