No dia 23 de janeiro, o jornal O Tempo, de Belo Horizonte, publicou um artigo da presidente do Conselho Regional de Biblioteconomia 6ª Região (CRB-6), Mariza Martins Coelho (CRB-6/1637), sobre as novas perspectivas e oportunidades na área da Biblioteconomia.
Mariza Martins Coelho, presidente do CRB-6 (Foto: Alessandro Carvalho)
O artigo reflete sobre o atual contexto de mercado para a área de biblioteconomia, cujas pesquisas mais recentes apontam para uma gradual valorização do ofício. Este cenário se deve às inúmeras possibilidades de atuação que a profissão oferece, motivando a escolha de estudantes pelo curso nas universidades. Para Mariza, a defesa de temas de interesse da categoria na mídia espontânea é importante porque divulga e valoriza a profissão de bibliotecário. “Como representante de classe, o Conselho deve estar sempre na mídia. Essa presença na imprensa é fundamental para ampliar a visibilidade sobre a profissão e suas intenções frente à sociedade”, conta a presidente.
Confira abaixo o texto completo da publicação.
Muito mais que guardar livros
Muitos jovens que estão decidindo qual profissão seguir desconhecem que a área de Ciências Sociais Aplicadas e Humanas abriga um curso extremamente envolvente, que promove educação de qualidade e fomenta a gestão adequada do conhecimento. Trata-se da Biblioteconomia, uma profissão contemporânea por conter em si inúmeras oportunidades de atuação e estar cada vez mais integrada ao ambiente virtual e às redes sociais.
Bibliotecário não é aquele profissional que guarda livros em estantes. Ao contrário, a profissão nunca esteve limitada à organização de acervos e, como qualquer área, tem se modernizado para acompanhar as novas tendências. Bibliotecários lidam com informação e os mais diversos registros, além de suportes de multimídias. Cabe a eles tratar e organizar todo o conhecimento científico, técnico, acadêmico e literário para o uso adequado de outros profissionais, estudantes, pesquisadores e a sociedade.
Hoje, bibliotecários atuam em diversas áreas, como museus, centros de documentação, escritórios jurídicos, agências de fomento, empresas de publicidade, projetos culturais, instituições de ensino, órgãos governamentais, instituições financeiras, empresas de tecnologia e desenvolvedores de sistemas e softwares, escritórios de marcas e patentes, hospitais, editoras, institutos de pesquisa, órgãos públicos, ONGs, consultorias e prestadoras de serviços diversos e, também, em bibliotecas, espaços fundamentais para a ampliação do conhecimento humano.
A edição 27 (julho de 2013) do estudo Radar – Tecnologia, Produção e Comércio Exterior, elaborado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), a partir de dados coletados entre 2009 e 2012, aponta que a Biblioteconomia está entre as dez áreas do conhecimento mais bem-remuneradas das Ciências Humanas, considerando suas cargas horárias médias. O mercado tem valorizado, cada vez mais, o trabalho desse profissional e, por esta razão, a carreira atravessa uma etapa de franco crescimento. O salário de um bibliotecário em uma instituição privada de ensino de médio porte, por exemplo, pode variar entre R$ 3.500,00 e R$ 6.500,00.
Esta tendência foi reforçada pela aprovação da Lei Federal 12.244/10, que estabelece que, até 2020, todas as instituições de ensino – públicas e privadas – deverão ter bibliotecas. Por outro lado, apenas profissionais graduados estão habilitados a gerenciar estes espaços. Logo, a perspectiva é que tenhamos uma explosão de vagas em instituições de ensino de todo o país, sejam escolas, faculdades e universidades públicas e privadas. Se considerarmos outros campos de trabalho, podemos prever que faltarão profissionais formados, o que levará o mercado a disputar os melhores perfis.
Para seguir a profissão é necessário cursar, em média, quatro anos de Biblioteconomia, de forma presencial ou na modalidade Ensino a Distância (EAD). Vale a pena.
*Mariza Martins Coelho
Presidente do Conselho Regional de Biblioteconomia 6ª Região (CRB-6)
Confira abaixo o artigo no jornal O Tempo: