Faz parte do calendário de atividades do Parque Municipal Américo Renné Giannetti uma série de ações, como shows de orquestra e apresentações teatrais, dentre outros, que são sediados nesse espaço público. Nos próximos anos, contudo, boa parte desses eventos deverá migrar para um novo equipamento multiuso, que será construído no lugar onde funcionava o antigo colégio Imaco.
“Esse prédio vai ser demolido e no lugar dele será construído o novo espaço. A ideia é que todos esses eventos que são realizados no parque consigam ser melhor abrigados, assim as pessoas também poderão ficar melhor acomodadas. Além disso, ter um local específico para essas realizações vai evitar o processo contínuo de montagem e desmontagem de equipamentos que demandam tempo, dinheiro e veículos transitando no interior do parque. Sem dúvida, será uma conquista para a cidade”, avalia Tatiani Cordeiro, chefe do Departamento Centro da Fundação de Parques Municipais.
Ela também acrescenta que a construção do edifício, orçada em R$ 15 milhões, poderá servir para acolher projetos que encontram dificuldades em serem viabilizados.
“Belo Horizonte é carente de espaços versáteis. O próprio Palácio das Artes, que está próximo do parque é muito concorrido, então a ideia é que esse seja mais uma opção para vários tipos de programações. O
Festival de Arte Negra e o Festival Internacional de Teatro Palco e Rua de Belo Horizonte (FIT-BH), por exemplo, poderiam encontrar apoio ali”, acrescenta Cordeiro.
Segundo foi anunciado pelo prefeito Marcio Lacerda, o espaço terá capacidade para cerca de 3.000
pessoas e poderá receber shows e apresentações teatrais. Uma biblioteca, lanchonete e terraço descoberto também estão previstos.
Ainda em relação ao Parque Municipal, no ano passado foram regulamentadas medidas que regem a ocupação desse ambiente. Os interessados em pleitear a realização de qualquer iniciativa no local, precisam da aprovação do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG) para ter a solicitação aprovada.
“Essas diretrizes sempre existiram em razão do parque ser uma área tombada. Porém, agora, essas medidas estão regulamentadas e todos os processos envolvidos na organização de projeto, como um show, precisam se aprovados nos quesitos ali defendidos. Por exemplo, deverão respeitar as áreas onde é possível montar o palco, deixando a grama apenas para as pessoas descansarem ou fruírem os espetáculos”, explica Tatiani.
De acordo com a chefe do Departamento Centro da Fundação de Parques Municipais, essas diretrizes foram estipuladas a partir da parceria entre a Fundação de Parques, a Diretoria de Patrimônio e o Iepha-MG. “Como esse é um dos espaços mais antigos da cidade, nós precisamos dar atenção para que seja usufruído sem grandes impactos”, declara.
Fonte: O Tempo