Entre os dias 24 e 28 de agosto, os fiscais do Conselho Regional de Biblioteconomia 6ª Região (CRB-6) Lucio Tannure (CRB-6/2266) e Orfila Mudado (CRB-6/756) estiveram em Vila Velha e Vitória, no Espírito Santo. O intuito da visita, promovida por iniciativa do CRB-6, foi ampliar o atendimento aos bibliotecários do Estado, estreitando o relacionamento, além de verificar possíveis irregularidades.
Os fiscais do CRB-6 Lucio Tannure e Orfila Mudado estiveram em Vila Velha e Vitória, no Espírito Santo
No total, 24 intuições foram fiscalizadas. Dessas, 11 não contavam com um profissional bibliotecário responsável pela biblioteca. Para Lúcio, a realização dessas visitas é essencial. “A fiscalização é bastante importante para fazer cumprir a legislação que regulamenta a profissão de bibliotecário e abrir novos postos de trabalho, além de defender a sociedade dos maus profissionais, que é a principal função de qualquer Conselho Profissional”, avalia.
O roteiro de visitas foi definido a partir das denúncias recebidas no CRB-6. “Acredito que, de certa forma, conseguimos cumprir o nosso papel. O que ocorre é o que os profissionais esperam uma resolução rápida das irregularidades, mas isso nem sempre é possível”, explica. Um exemplo dado por Lúcio é que, em instituições públicas, a solução dos problemas demanda maior tempo, em razão de determinações legais que devem ser cumpridas, como abertura de processos judiciais, cuja tramitação, em geral, é morosa. Por isso, ele frisa que é importante que os profissionais tenham consciência de que, muitas vezes, a demora não ocorre por falta de ação do Conselho. “Em todo caso, estamos tendo sucesso em muitos processos, e muitas instituições estão contratando bibliotecários após as nossas visitas”, comemora.
Cenário
Lúcio relata que, apesar de muitos bibliotecários capixabas pensarem o contrário, quando comparada a Minas Gerais, a situação dos profissionais que atuam no Estado é melhor. O fiscal afirma que muitas instituições do Espírito Santo contam com uma quantidade maior de profissionais habilitados, auxiliares mais capacitados – principalmente em razão da presença do técnico em Biblioteconomia, especialidade que pouco existe em Minas Gerais –, bibliotecas melhor equipadas e melhores salários.
Importância da fiscalização
O delegado do CRB-6 no Espírito Santo, Eduardo Valadares, e o coordenador da Comissão de Fiscalização, Felipe Lopes, relataram a importância da realização dessas vistas.
“Na última semana de agosto, os fiscais do CRB-6, Lúcio e Orfíla, estiveram no Espírito Santo fiscalizando as escolas estaduais e averiguando as denúncias recebidas. Tal ação é de suma importância para fortalecer a atuação do Conselho no Estado. Através de um estudo prévio realizado pelo CRB-6, observou-se um crescente aumento da inadimplência dos profissionais bibliotecários junto ao Conselho. Sabemos que a distância e a falta de uma sede no Estado, muitas vezes, compromete uma fiscalização mais ativa e eficiente, mas o CRB-6 tem trabalhado para melhorar nossas ações e minimizar tais problemas, visando uma presença maior no Estado.”
Felipe Lopes, coordenador da Comissão de Fiscalização (CRB-6/2897)
“A fiscalização do exercício da profissão é uma das principais atribuições do Conselho Regional de Biblioteconomia 6ª Região, e esta tem sido intensificada gradativamente nos últimos anos, apesar da amplitude de nossa jurisdição. Com esse trabalho, acreditamos que é possível não só manter os profissionais em situação regular junto ao Conselho, mas também impedir que pessoas não habilitadas ocupem postos de trabalho que cabem apenas aos bibliotecários capixabas.”
Eduardo Valadares, delegado do CRB-6 no Espírito Santo (CRB-6/ES 615)
Outras ações
Em agosto veiculamos uma matéria aqui no Boletim Eletrônico mostrando que o Conselho Regional de Biblioteconomia da 10ª Região (CRB-10) havia sido vitorioso em uma ação judicial contra um Centro Comunitário que mantinha uma biblioteca sem a presença de profissional bibliotecário registrado. Informamos, ainda, sobre as ações realizadas pelo CRB-6. Relembre.30