Em épocas de altas temperaturas não são somente as pessoas que sofrem. Os danos causados pelo calor podem ser vistos tanto nas plantas e alimentos quanto em objetos mais delicados, que precisam ser conservados com maior cuidado. É o caso da Biblioteca Nacional, no Rio de Janeiro, que guarda em suas dependências as obras mais raras do país e que sofre com a ausência de climatizadores adequados para a conservação de seu acervo.
Os servidores que trabalham na biblioteca realizaram uma paralisação no dia 27 de janeiro em protesto pelo calor e pelas más instalações da instituição. Segundo os funcionários, as temperaturas atingem cerca de 40ºC e podem prejudicar os livros guardados no prédio.
Para a presidência da biblioteca, as temperaturas ainda não são agravantes e os livros não estão em risco. Algumas reformas foram realizadas em 2013 pela atual gestão tendo em vista justamente amenizar as temperaturas no interior do prédio. O ar refrigerado recebeu uma modificação emergencial, que é apontada como insuficiente pelos trabalhadores.
O calor causa um processo de oxidação das folhas mais rápido, o que torna as páginas mais amareladas e frágeis. Diferentemente do ar condicionado usado nas casas, os aparelhos na biblioteca precisam ter uma preocupação extrema com a umidade, que deve ser mantida em torno de 50% para garantir as melhores condições para os livros.
Fonte: Conversion | CBN Foz