Revista da FEBAB selecionou artigos de profissionais de Montes Claros e Ouro Preto para publicação
A Revista Brasileira de Biblioteconomia e Documentação (RBBD), da Federação Brasileira de Associações de Bibliotecários, Cientistas de Informação e Instituições (FEBAB), publicou dois artigos de bibliotecários mineiros. O volume 13, número 2 de 2017, está disponível para acesso online.
Josiel Machado Santos (CRB-6/2577) é autor do artigo “A biblioclastia como mecanismo de controle social”, que tem como tema central a destruição de livros como meio de apagamento da memória coletiva e da manipulação da sociedade. “O termo ‘biblioclastia’ ainda é bastante desconhecido no Brasil, inclusive pela falta de bibliografia. Esse artigo é fruto da linha de pesquisa que tenho seguido. O ato de queimar livros como forma de controle social é um tema comum, porém pouco estudado na área”, explica. Josiel, que é bibliotecário-documentalista da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Campus Montes Claros, e especialista em Gestão de Bibliotecas Públicas pela AVM Faculdade Integrada, contou que seu interesse sobre o assunto surgiu depois de ler o livro “História universal da destruição dos livros”, do venezuelano Fernando Báez.
“A (in)acessibilidade nas bibliotecas universitárias: a interação entre o bibliotecário de referência e o usuário com deficiência” é o título do outro artigo publicado no último volume da RBBD, de autoria de Michelle Karina Assunção Costa (CRB-6/2164) e da professora Adriana Bogliolo Sirihal Duarte. “Em minha atuação como bibliotecária, percebi uma falha em nossa formação em relação à acessibilidade dos usuários com deficiência. A sociedade como um todo não dá atenção aos direitos dessas pessoas”, pontua Michelle, bibliotecária da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) e doutoranda em Gestão e Organização do Conhecimento pela UFMG. A profissional explica que há um desconhecimento do tema por parte do bibliotecário: “Enquanto profissionais da Biblioteconomia, precisamos estar atentos às demandas. Promover a convivência e a conscientização para, então, eliminar as barreiras – não só físicas. É necessário construir um espaço mais acessível à informação, inclusive a que vem da internet. Unir esforços, propor melhorias e avaliar quem está a nossa volta fazem parte da nossa atuação.”