Tema do calendário desse ano é Relações
“Os bibliotecários brasileiros aderiram mais uma vez ao movimento pelo fim do preconceito” é o que afirma o bibliotecário brasiliense Cristian Santos, criador do Calendário da Diversidade. O projeto apresenta fotos artísticas de bibliotecários e estudantes da área, com intuito de arrecadar fundos para a construção de uma biblioteca pública voltada para questões de gênero e religiosas. Cristian defende a criação de uma instituição referência na área, ampliando, assim, o acesso de pesquisadores a obras sobre o tema no Brasil.
Os bibliotecários mineiros Lúcio Tannure (CRB-6/2266), Evandro Ribeiro (CRB-6/2956) e Álamo Chaves (CRB-6/2790) posaram para a edição 2017 do calendário, que tem como tema “Relações”, em fotos com duas ou mais pessoas, evocando a ideia de biblioteca, livros e leitura. Algumas das fotos foram feitas pela empresa Igo Gomes.
Álamo Chaves posa para o Calendário da Diversidade (Foto: Igo Gomes)
Para Lúcio, o calendário é um projeto rico que tem como objetivo promover a aceitação da diversidade na sociedade. “Quando recebi o convite, aceitei de prontidão, pois é uma causa importante e necessária nos dias atuais. O que motivou a minha participação foi a realidade em que vivemos. Nos últimos anos tenho percebido um retrocesso na sociedade com relação ao que é considerado “diferente”. As pessoas, de uma maneira geral, estão mais preconceituosas”, afirma.
O bibliotecário Evandro Ribeiro e sua parceira também posaram para o Calendário (Foto: Álamo Chaves)
“A participação no calendário é uma forma de dizer que existimos e que devemos ser tratados com respeito e ter os mesmos direitos que qualquer cidadão, afinal de contas pagamos impostos, trabalhamos, temos família e somos pessoas comuns como todas as outras. É uma forma de tratar o assunto com naturalidade e mostrar que a dignidade e o caráter é o que mais importa”, completa o bibliotecário.
Lúcio Tannure ilustra o mês de novembro do Calendário (Foto: Igo Gomes)
O projeto ainda enfrentou outros obstáculos. A impressão, que normalmente é feita em uma gráfica do Distrito Federal, teve sua produção vetada com a alegação de que o dono do estabelecimento “estava num processo interno de conversão a Deus e que não queria induzir as pessoas ao pecado”. Na segunda tentativa, realizada na capital mineira, a gráfica selecionada para imprimir os calendários informaram que somente fariam a impressão se o nome da empresa fosse ocultado do material por se tratar de uma gráfica católica.
Compre o seu
O Calendário da Diversidade 2017 custa R$ 50,00 acrescido do valor do frete e, para adquirir um exemplar basta solicitar pelo e-mail bibliotecadadiversidade@gmail.com. Confira aqui as versões anteriores.