Data de publicação: 18/04/2013
Por Carlos Andrei Siquara

Casarão. Antiga sede da Fazenda do Leitão, quando ainda não havia sido destruído o Curral del Rei, será restaurada em breve
Desde a sua inauguração, em 1943, o Museu Histórico Abílio Barreto (MHAB) já passou por alguns processos de revitalização, como em 1993, quando se iniciou a construção do edifício-sede que abarca atualmente atividades e espaços, a exemplo de exposições e do anfiteatro, o qual, inclusive, foi reinaugurado ontem, durante a cerimônia de celebração dos 70 anos do MHAB.
Em 2013, novos passos se somam a esse trajetória, reforçando, por exemplo, o papel do equipamento de guardar a memória da cidade. No encontro promovido pela Fundação Municipal de Cultura (FMC) para celebrar esse aniversário com homenagens e lançamento de futuras ações, foi ressaltada justamente a importância do MHAB para se compreender o percurso dinâmico de Belo Horizonte.
“Todas as 70.000 peças de acervo se propõem a reviver o tempo da memória, contra o esquecimento. No caso do museu, nós contamos a história gloriosa e também dolorosa dessa cidade. O que é importante para sabermos quem somos e para onde vamos”, disse Leônidas Oliveira, presidente da FMC . “Ao mesmo tempo que é testemunha ocular desse processo, o museu é também testemunha da preservação”, acrescentou ele, que foi diretor do MHAB até setembro do ano passado, antes de assumir a presidência da fundação.
Dentre as ações comemorativas, Oliveira destacou a criação de duas novas vitrines que evitarão o desgaste de duas esculturas instaladas nos jardins do MHAB, a higienização das fachadas do edifício-sede, a restauração do casarão – construído por volta de 1883 -, a revitalização dos jardins e a troca completa dos equipamentos do auditório, que sofreu com infiltrações provocadas pelas chuvas do ano passado. “Ainda anunciamos a reforma das calçadas e a implementação do sistema de segurança monitorado do museu. O valor investido chega a R$ 1 milhão”, detalhou Oliveira.
Em breve, será também inaugurada no local a exposição “O Museu e A Cidade Sem Fim”, que propõe recordar, por meio de imagens, objetos e documentos, as mudanças vividas pela cidade, da destruição do Curral del Rei até os dias atuais. “Vamos dar continuidade também às apresentações de música e teatro nos jardins, de maio a outubro, configurando a 14ª edição do projeto Domingo MHAB”, acrescentou o presidente da FMC.
Segundo ele, essas ações têm sido significativas para colocar o museu entre os 30 mais visitados do país. “Elas têm levado o museu a um crescimento somente visto na sua revitalização há 18 anos. De 2.500 visitantes mensais, em 2009, passamos para 12.000 no ano passado e esperamos aumentar o público, com programas para crianças, terceira idade, incapacitados e projetos com as escolas de Belo Horizonte. A meta é chegar a 15.000 visitantes por mês”.
Ainda na solenidade, estiveram presentes o prefeito Marcio Lacerda e a Secretaria Executiva do Ministério da Cultura, Jeanine Pires.
Fonte: O Tempo