Para maioria das pessoas, o trabalho é um importante componente de vida não apenas em relação ao ganho material, mas também no desenvolvimento do contato social. O trabalho influi nas emoções humanas acarretando sentimentos positivos ou negativos conforme a situação. Por esse motivo, é necessário que o ambiente de trabalho seja agradável, pois influencia diretamente na produtividade.
O bibliotecário sabe que é imanente da profissão atuar como gestor, supervisionando e orientando técnicos e auxiliares. Sabemos que conviver com o outro, não é uma tarefa das mais fáceis, é comum o gestor agir de forma empírica, baseando-se apenas no “achismo”, muitos especialistas em gestão de pessoas afirmam que esse nem sempre é o melhor caminho. Quando se trata de gestão de pessoas, é preciso lembrar que pessoas não funcionam como máquinas e que muitas vezes o comportamento é diferente do que se espera.
No trabalho as pessoas costumam apresentar sua maneira pessoal de lidar com sentimentos e emoções, essa maneira própria interfere nos demais criando uma atmosfera diferente em cada setor ou departamento da instituição, ou seja, a imagem que a sua biblioteca transmite é reflexo das relações interpessoais existentes nela. O que facilita ou dificulta essas relações é o conhecimento do outro e, principalmente, o autoconhecimento.
Dentre as diversas habilidades humanas, saber ouvir é uma dádiva para o gestor, não apenas ouvir por ouvir, mas dar atenção a quem fala e compreender o que é dito. Para ouvir, o gestor deve avaliar não apenas as palavras, mas observar o contexto, o tom de voz e a linguagem corporal, isso demonstra respeito pelo outro.
O sucesso da administração da biblioteca depende de como o administrador aplica seus conhecimentos em situações embaraçosas. O autor Idalberto Chiavenato em sua obra – Teoria Geral da Administração apresenta três habilidades essenciais ao gestor: a primeira é a habilidade técnica que “consiste em fazer coisas concretas e práticas e está muito relacionada ao hardware disponível”, a segunda habilidade apresentada por Chiavenato é a habilidade humana que “consiste na capacidade e discernimento para trabalhar com pessoas, comunicar, compreender suas atividades e motivações e desenvolver uma liderança eficaz” e a terceira habilidade é a conceitual que “consiste na capacidade para lidar com ideias e conceitos abstratos”. A mescla dessas habilidades permitem que o bibliotecário gerencie a biblioteca de forma concisa e profissional.
O maior desafio da administração, talvez seja não deixar que a equipe se acomode, isentando-se da busca de melhorias e crescimento. Cabe ao gestor harmonizar o ambiente de trabalho, estimular e incentivar a todos ofertando oportunidades de valorização. O crescimento profissional deve tornar-se uma atividade de praxe, pois a valorização do ser humano resulta numa melhor execução de suas atividades na biblioteca.
Fonte: Vértice Books | Cátia Cristina Souza (CRB-8/7209)