Não existe um padrão. São considerados best sellers livros que figuram nas listas de mais vendidos publicadas em jornais e revistas. O mercado editorial – não só no Brasil – não consegue contabilizar a quantidade de livros vendida em todos os pontos-de-venda e divulgar números oficiais. A imprensa até tenta assumir esse papel, mas não consegue ser tão abrangente. A lista da revista Veja, por exemplo, considera os dados de vendas das maiores livrarias de 16 grandes cidades brasileiras e de sete sites. Embora seja uma amostragem considerável, ficam de fora vários pontos-de-venda menos expressivos. O mercado americano, o maior do mundo, sofre do mesmo problema, em outra proporção: a lista mais conceituada do país, publicada pelo jornal The New York Times, reúne dados de 4 mil livrarias, mas tampouco é completa. Um estudo da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, estimou que vendendo apenas 2 108 exemplares em uma semana um livro consegue entrar na lista de best sellers do Times na categoria “Ficção-Capa Dura” (é, por lá, eles são específicos). No Brasil, não existe uma estimativa tão precisa, mas, segundo a Câmara Brasileira do Livro, um título que vende um total de 15 mil exemplares (não apenas em uma semana) pode ser considerado um best seller. A própria CBL calcula que a tiragem média de livros brasileiros é de 2,5 mil cópias.
Fonte: Mundo Estranho | Artur Louback Lopes