A Biblioteca Pública Municipal Engenheiro Osmário Soares Nogueira, localizada na histórica Praça da Estação do município mineiro de Itaúna, tem estado fechada há mais de um ano, gerando preocupação e descontentamento na comunidade. O espaço, que deveria ser um centro de acesso à cultura e ao conhecimento, foi temporariamente fechado para uma reforma, mas até agora, o término das obras e a reabertura da biblioteca não foram cumpridos, apesar das promessas.
A situação se agravou após denúncias de que, durante o período de reforma, livros e outros materiais importantes teriam sido danificados devido a falhas nos serviços de reparo, principalmente no telhado. Esses relatos alarmaram não só os frequentadores e funcionários da biblioteca, mas também os vereadores, que têm cobrado respostas e ações da Secretaria de Cultura e Turismo.
O Conselho Regional de Biblioteconomia 6ª Região (CRB-6), na sua função de fiscalizar e aprimorar a profissão de Bibliotecário em Minas Gerais e Espírito Santo, entrou em contato com a Prefeitura através de um ofício. Este ofício foi motivado por denúncias referentes à situação da Biblioteca Pública Municipal Engenheiro Osmário Soares Nogueira, que enfrenta problemas sérios de conservação e gestão.
O CRB-6 expressou, por meio de ofício enviado no final do ano passado, uma profunda preocupação com a falta de planejamento estratégico nas obras realizadas no espaço, destacando que a biblioteca se encontra em estado de deterioração, com acervo exposto a condições inadequadas devido à presença de materiais de construção como andaimes e lonas. “A sugestão da autarquia é que seja feita uma proposta de revitalização do espaço, considerando os ambientes carentes de manutenção, visando promover a segurança de todos os usuários e servidores da biblioteca pública municipal, bem como do acervo público que é de extrema importância para a cultura local, mas sem destruir o patrimônio que já se encontra no acervo da instituição”, destaca trecho do ofício.
A vereadora Márcia Cristina Santos (PP-MG) foi uma das principais vozes a exigir esclarecimentos. Em sessão recente, ela apresentou um pedido para que a Secretaria fornecesse informações detalhadas sobre as condições atuais da biblioteca, a possibilidade de aplicação de multas à empresa responsável pela obra, e a formação de uma comissão para acompanhar os trabalhos. No entanto, a Secretaria de Cultura solicitou mais tempo para responder ao pedido, o que foi rejeitado pelos vereadores, demonstrando a urgência e a importância do assunto.
Apesar da rejeição inicial, a vereadora Márcia Cristina aceitou a proposta da Mesa Diretora de conceder um prazo adicional de cinco dias para que a Secretaria de Cultura e Turismo possa apresentar as informações solicitadas. Entre as questões que ainda precisam ser esclarecidas estão: o estado atual da biblioteca, a existência e aplicação de multas relacionadas ao atraso na obra, e a formação de uma comissão de acompanhamento, com a identificação de seus membros.
O fechamento prolongado da Biblioteca Pública Municipal representa não apenas a perda de um espaço cultural valioso, mas também um descaso com o patrimônio público e com a educação da comunidade. A expectativa é de que a Secretaria de Cultura e Turismo responda às demandas com a transparência necessária, e que as obras possam ser concluídas com brevidade, garantindo a preservação do acervo e a reabertura do espaço para a população.
A comunidade e os vereadores aguardam ansiosamente por respostas e pela retomada das atividades da biblioteca, um espaço vital para o enriquecimento cultural e educacional da cidade.