No dia 28 de janeiro de 1808, Dom João de Bragança, príncipe-regente de Portugal, assinou a carta de Abertura dos Portos às Nações Amigas. O decreto, feito quatro dias depois da chegada da família real no Brasil, marcava o fim do pacto colonial e abria nossos portos às nações amigas para o livre comércio dos produtos brasileiros.
Esse fato, estudado nos livros de história, pode ser hoje acessado por qualquer estudante do planeta por meio da internet. E sem custo algum. Essa é apenas uma das muitas surpresas que a Biblioteca Nacional Digital (BNDigital) apresenta entre os mais de 740 mil itens que já foram digitalizados, ou, mais de dez milhões de páginas digitalizadas. Esse trabalho de digitalização começou em 2006 e, a partir de 2008, a BNDigital passou a receber aporte financeiro do MinC.
Você também pode ter acesso à primeira edição de Os Lusíadas, de 1572, de Camões; ou a Bíblia de Moguncia, de 1462. E a outras raridades, como a Coleção Thereza Christina Maria, doada à biblioteca pelo próprio Imperador Dom Pedro II. Com partituras, mapas, gravuras e fotos, a coleção é considerada Memória do Mundo pela UNESCO.
Para Ângela Monteiro Bettencourt, coordenadora da BNDigital, a digitalização do acervo vai democratizar e preservar os documentos. “É um trabalho para todos os brasileiros se orgulharem,” diz Ângela. Os documentos são digitalizados em alta resolução, numa cópia fac-similar perfeita. Depois, a população pode consultá-las à vontade, sem precisar manipular o original e correr o risco de estragá-lo.
Com 300 mil acessos por mês, a BNDigital se orgulha de incluir a maior hemeroteca brasileira.
Fonte: Ministério da Cultura | Ana Saggese