A Bibliotecária Regiane das Mercês Oliveira (CRB-6/3839) foi convocada a assumir a coordenação da biblioteca pública municipal de Cambuí, cidade localizada no Sul de Minas, após envio de um ofício pelo Conselho Regional de Biblioteconomia 6ª Região (CRB-6), em junho de 2021. Regiane havia sido aprovada em concurso realizado em 2019, mas a convocação só aconteceu em 2022, após ação do CRB-6.
Regiane é de São Carlos, interior de São Paulo, formou-se na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e se mudou para Cambuí para assumir a biblioteca. Segundo ela, a convocação foi inesperada, devido à pandemia. “Fui pega de surpresa, mas aceitei e vim para cá. Foi um desafio para mim, até mesmo pelo lado pessoal, porque eu não conhecia a cidade, não conhecia ninguém e deixei minha vida lá para recomeçar aqui”.
Além disso, a Bibliotecária conta que a biblioteca estava em uma situação de abandono, quando assumiu a coordenação do espaço. “Estava apagada na cidade, o público muito baixo, quase não tinha. Quando eu fui perguntando o porquê de não irem à biblioteca, falaram que era a bagunça. ‘A gente não consegue encontrar livro’. Nunca trabalhou um Bibliotecário lá, então, eu reorganizei todo o acervo e o trabalho de limpeza para deixar o local mais confortável para atrair, novamente, o público para a biblioteca”. Hoje, o ambiente está com uma maior visibilidade e a profissional tem como objetivo aproximar a população, incluindo a realização de eventos. Regiane relata que “ainda tem muito o que ser feito, mas o que já foi feito, deu uma diferença muito grande”.
Antes de assumir a biblioteca, a profissional trabalhou como assistente financeiro. “Comecei a prestar concurso e abri mão desse emprego para me dedicar aos concursos, quando estava ainda no final da faculdade, em 2018. Eu fui prestando concurso e eu pensava: ‘onde me chamarem, eu vou’. E aí, me chamaram aqui”.
O presidente do CRB-6, Álamo Chaves (CRB-6/2790), esclarece que essa ação só foi possível em razão de a profissional ter acionado o Conselho. “É muito importante que os Bibliotecários procurem o CRB-6, façam denúncias, enviem suas demandas munidas de documentação comprobatória. Esse tipo de informação direciona melhor o trabalho da nossa Comissão de Fiscalização”.