Taiane Cechin, de 17 anos, está entre os 250 estudantes que alcançaram nota máxima na redação do Enem. Ela é moradora de Veranópolis, cidade da serra gaúcha situada a 126 km de Porto Alegre (RS), que possui pouco mais de 25 mil habitantes.
Filha de um operário e de uma professora de português – de quem foi aluna na sétima série, graças ao exemplo da mãe e das experiências acumuladas nos anos iniciais da escola, Taiane se apaixonou pela leitura. “Adquiri esse prazer por frequentar a biblioteca da escola, não só em busca do conteúdo das aulas, mas de conhecimentos gerais”, diz.
Os volumes da série Harry Potter, Senhor dos Anéis e Crônicas de Gelo e Fogo estão entre os títulos preferidos pela estudante, que pretende cursar Medicina. Por isso, além dos livros que lhe dão prazer, Taiane não se descuida das leituras obrigatórias nos vestibulares.
A mãe professora ficou orgulhosa da conquista da filha. “Estava demorando para sair o resultado, ela estava nervosa. Quando ela viu a nota mil, choramos e nos abraçamos. Fiquei muito feliz”, conta Neli Cechin, 48.
Garoto nota 1000
Cezar Vitor Vieira Pinheiro, de 14 anos, ainda não cursa o ensino médio. Mesmo assim, tirou nota mil na redação do Enem.
Filho de uma família de classe média baixa -o pai é comerciante, e a mãe, professora- Cezar faz o 9º ano do ensino fundamental em São Sebastião do Maranhão, cidade com cerca de 10 mil habitantes nas proximidades do Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais.
Cezar tem apenas 50% de sua audição e precisa prestar atenção extra para entender o conteúdo passado por professores. “Sempre fui estudioso e com frequência estou com um livro na mão ou lendo uma reportagem. Vou além do que a escola me dá”, diz.
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