Uma biblioteca está mudando a vida de crianças e adolescentes da Vila Nova Chocolatão. Com um acervo de pouco mais de mil exemplares, educadoras sociais levam o livro ao encontro de futuros leitores. No pequeno espaço, Fernanda Ribas lê, enquanto pequenos olhos atentos viajam na imaginação que a história desperta. Fernanda é uma mediadora de leitura.
“A tarefa do mediador é fazer uma leitura transformadora, em que o livro, a leitura simples do livro, pode transformar a criança que está me ouvindo. O papel do mediador também é fazer o elo entre o livro e o leitor, mostrando um mundo diferente, de várias possibilidades”, disse Fernanda.
A biblioteca existe há um ano, desde que a vila se mudou do Centro para a zona leste da Capital. O projeto, coordenado pela ONG Cirandar, já tem dado resultados, diz a assessora pedagógica, Susana Huerga.
“A mediação tem por objetivo a formação de um leitor, de um leitor autônomo, em que ele viva uma experiência pela mediação, em que a leitura é uma fonte inesgotável de prazer, de conhecimento, que ela possa possibilitar uma transformação na nossa visão de mundo” afirmou a pedagoga.
Ana Carolina da Rocha, de 13 anos, já vem passando por esta transformação. Estimulada pela curiosidade, a estudante começou a frequentar a biblioteca e logo foi seduzida pela leitura. Com a ajuda dos mediadores, começou a retirar livros para ler em casa. Agora, viajar na imaginação através da leitura já começa a fazer parte da rotina da família.
“Eu levo livros para ler para a minha irmã, de noite, antes de dormir. Descubro palavras novas, e quando não sei o significado, eu vou procurar no dicionário”, conta ela, em um misto de timidez e entusiasmo.
Fonte: G1 Rio Grande do Sul