O auge do livro eletrônico e a concorrência que as editoras tradicionais enfrentam perante o comércio na internet será um dos eixos da Feira do Livro de Frankfurt, que começa no próximo dia 9 de outubro e que tem nesta edição o Brasil como país convidado.
O diretor da Feira, Jürgen Boos, apresentou nesta sexta-feira em Berlim as principais novidades desta edição, na qual são esperados mais de sete mil expositores de quase uma centena de países, que continua sendo o principal ponto de encontro do mundo editorial.
A feira, explicou Boos, não quis permanecer alheia aos principais desafios do setor, que discutirá em Frankfurt a pujança de empresas como a Amazon, o futuro das bibliotecas atuais e o risco de ‘saturação’ dos potenciais leitores perante a em massa oferta de conhecimentos.
‘É um desafio e ao mesmo tempo uma oportunidade’, disse Boos, que destacou a ‘relativa boa evolução’ do setor do livro em nível global.
Também terão um espaço destacado em Frankfurt as inovações das editoras mais jovens, o crescente fenômeno da autoedição e a aposta de empresas de fora do setor nos livros como complemento de suas outras atividades.
Um exemplo claro, disse Boos, seria o do Angry Birds, popular jogo para dispositivos móveis que se traduziu em dezenas de produtos com o desenho animado de seus furiosos pássaros e que finalmente chegou ao mundo literário.
O Brasil, como país convidado, será representado por 90 autores e pelo vice-presidente Michel Temer na feira.
Após ressaltar o esforço realizado para traduzir muitos escritores cujos livros só estavam em português, Boos destacou a plataforma que a feira representará para criar uma rede de contatos entre o mundo editorial e a pujante literatura brasileira.
No total, serão apresentados 260 títulos relacionados com o Brasil, entre eles 117 livros de literatura brasileira traduzidos para o alemão com ajuda de um fundo especial.
A literatura infantil e juvenil e o ‘livro valioso’, com desenhos e materiais exclusivos, voltarão também a ter espaço próprio e destacado em uma feira cada vez mais internacional, apontou seu diretor.
Além do Brasil, Boos ressaltou o vigor do mercado editorial em outras potências emergentes como China e Indonésia, com uma grande presença na feira, mas também participação de países como o Afeganistão e Coreia do Norte.
Fonte: Agencia EFE | G1