A Fundação Municipal de Cultura ampliou o horário de funcionamento da Casa Kubitschek durante o período da Copa do Mundo. A partir desta sexta-feira, dia 13, um dia por semana, o espaço ficará aberto ao público até 21h. A Casa Kubitschek tem duas exposições em cartaz: “Casa Kubitschek: Uma Invenção Modernista do Morar” e “Pampulha: Território da Modernidade”. A entrada é gratuita.
Localizada às margens da Lagoa da Pampulha, a Casa Kubitschek dedica-se a contar a história de uma casa modernista por meio de espacializações, objetos e estímulos sensoriais. A ideia é ampliar a experiência do visitante em relação aos modos de habitar dos anos 1940, 1950 e 1960, período singular para consolidação do pensamento modernista em Minas Gerais, e suas manifestações na arquitetura, no urbanismo, no paisagismo e nas artes.
A Casa apresenta as várias características que tornam a Pampulha singular para o Brasil. A começar pelos jardins do paisagista Roberto Burle Marx (1909-1994), que acabam de passar por um processo de restauração. Os jardins ficam na frente e nos fundos da casa projetada em 1943 por Oscar Niemeyer (1907-2012) para ser a residência de fim de semana para o então prefeito de Belo Horizonte, Juscelino Kubitschek (1902-1976). Com telhado em forma de asa de borboleta e planos inclinados, a Casa Kubitschek configura tipologia característica da arquitetura brasileira do modernismo. Desapropriada pela PBH há alguns anos, após amplo processo de restauração e reconceituação, retorna ao público. A edificação é tombada pelas instâncias do patrimônio municipal, estadual e federal.
Exposições
“Casa Kubitschek: Uma Invenção Modernista do Morar” – com curadoria de Denise Bahia e Mariana Brandão, apresenta em sua narrativa dois eixos principais que se interpenetram: um referente à história e outro que remete à memória. A proposta é de uma “casa museu”, com um percurso que parte da referência histórica do ambiente político e cultural em que surge o modernismo e, no qual, a Casa Kubitschek foi criada. História e memória seguem referenciadas em todo o percurso expositivo entre móveis, fotografias, vídeos e instalações alusivas à época. A referência à memória de habitantes como Juscelino Kubitschek e, mais recentemente, os amigos Juracy e Joubert Guerra, também integram a proposta curatorial, assim como referências aos artistas que deixaram marcas naquela arquitetura, como Volpi e Paulo Werneck.
“Pampulha: Território da Modernidade” – com curadoria de Luana Maia, instalada no andar térreo, traz um viés mais histórico. Inicialmente, contextualiza as várias “Pampulhas” no tempo e no espaço. Em seguida, recupera a “Era Kubitschek” em BH e ainda, o momento de inauguração do complexo arquitetônico em 16 de maio de 1943, materializando os anseios desenvolvimentistas e modernizadores de JK. A mostra se completa com reminiscências do Arraial de Santo Antônio da Pampulha Velha, surgido em fins do século 19, às margens da atual Avenida Antônio Carlos, próxima ao Aeroporto. Após a construção da capital, imigrantes que não possuíam condições para estabelecerem-se na zona urbana lá se fixaram como moradores. Coube ao casal de portugueses Manoel e Ana Moraes dos Reis, em 1904, fundar a Fazenda Pampulha.
Casa Kubitschek – Horário Especial Copa do Mundo
Terças, quartas, sextas , sábados e domingos de 10:00 às 17:00
Sexta (dia 13/6), aberta excepcionalmente das 10h às 21h
Quintas (dia 26/6, 3/7 e 10/7), das 10h às 21h
OBS: em dias de jogos do Brasil na Copa, a Casa Kubitschek estará fechada durante a realização da partida
Mais informações: (031) 3277-7993
Fonte: BH Faz Cultura