Givanilda Maria
Bibliotecária CRB-8/9619
E a nossa viagem continua, direto do Rio de Janeiro para São Paulo, a terra da garoa.
Aqui em São Paulo, temos também uma biblioteca muito importante a biblioteca Mário de Andrade, que inicialmente se intitulava Biblioteca Municipal de São Paulo inaugurada em 1926, e tinha sua sede na Rua 7 de Abril. No ano de 1960, a biblioteca foi intitulava com o nome de um dos maiores artistas de nossa história, Mário de Andrade.
O seu acervo inicialmente era formado por obras que se encontravam em poder da Câmara municipal de São Paulo.
No ano de 1937 foi incorporada a seu acervo a Biblioteca Pública do Estado, e o acervo foi enriquecido com obras raras e importantes. Com esse crescimento, a biblioteca precisou de um novo edifício, e foi transferida para a Rua da Consolação. Essa mudança ocorreu na gestão do prefeito Prestes Maia, e o novo edifício foi projetado pelo arquiteto francês Jacques Pilon, que é considerado um marco da arquitetura moderna de São Paulo. A biblioteca Mário de Andrade tem uma seção de obras raras, que foi criada no ano de 1945 pelo então diretor Rubem Borba de Moraes, dentre as principais aquisições destacam-se a compra da biblioteca de Félix Pacheco, escritor e senador, doações de Batista Pereira, genro de Rui Barbosa, doações de Paulo Padro, escritor e organizador da Semana de Arte Moderna de 1945, e doação de Pirajá da Silva, médico e pesquisador, dentre outras aquisições de bibliotecas particulares. No ano de 1944, a biblioteca Mário de Andrade inaugurou o acervo circulante, um ano depois a seção de Artes, com livros, revistas e reproduções especializadas. Com um acervo de mais de 3 milhões de itens, livros, periódicos mapas e materiais audiovisuais, é a segunda maior biblioteca pública do país, perdendo apenas para a Fundação Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro. A biblioteca Mário de Andrade conta com uma programação cultural, tais como, encontro de escritores, lançamentos de livros, leituras dramáticas, oficinas, saraus, apresentações musicais, dentre outras atividades, e tudo é gratuito para os cidadãos. Vale muito a pena conhecer essa biblioteca, não só pelo espaço que foi todo reformulado para melhor atendimento aos usuários, mas também pela vasta programação cultural que ela oferece. Aceitarás o amor como eu o encaro – Mário de Andrade Aceitarás o amor como eu o encaro ?… ..Azul bem leve, um nimbo, suavemente Guarda-te a imagem, como um anteparo Contra estes móveis de banal presente. Tudo o que há de melhor e de mais raro Vive em teu corpo nu de adolescente, A perna assim jogada e o braço, o claro Olhar preso no meu, perdidamente. Não exijas mais nada. Não desejo Também mais nada, só te olhar, enquanto A realidade é simples, e isto apenas. Que grandeza… a evasão total do pejo Que nasce das imperfeições. O encanto Que nasce das adorações serenas
Fonte: Vértice Books