O Colégio Nossa Senhora do Carmo, localizado em Viçosa e Juiz de Fora, ambas em Minas Gerais, destaca-se por sua dedicação em promover e incentivar a leitura entre os estudantes, contando com o apoio fundamental da Bibliotecária Patrícia Eliza Soares Leite (CRB-6/2489), responsável pelo espaço.
Segundo a Bibliotecária-fiscal do Conselho Regional de Biblioteconomia 6ª Região (CRB-6), Orfila Maria Mudado (CRB-6/756), que esteve na instituição de Viçosa, durante uma visita fiscalizatória, a “biblioteca é muito linda, o espaço é maravilhoso. Existe uma divisão de setores nos espaços da biblioteca, como, por exemplo, o setor infantil. Há também um espaço para teatro, contação de histórias. A diretora é muito comprometida com a biblioteca”.
A profissional contratada vem de uma família de professores e que sempre quis trabalhar em escola, mas não como professora, então “quando eu tive oportunidade de fazer faculdade, eu estava a procura de um curso que atendesse às minhas expectativas, então, eu fiquei sabendo do curso de biblioteconomia. Eu morava em Ubá e abriu uma turma com 27 alunos, na época, na UNIPAC. Resolvi procurar saber sobre o curso, me interessei muito pela grade curricular, e me encontrei”.
Seis meses após receber o diploma, Patrícia já estava atuando no Colégio Militar de Juiz de Fora: “Fui uma das primeiras Bibliotecárias do Colégio Militar. Foi então que comecei a atuar em biblioteca escolar”.
Ao longo de sua carreira nas escolas, a profissional desenvolveu diversos projetos: “Eu sempre tentei interagir com a parte pedagógica da escola, então, sempre trabalhei em conjunto com professores e a coordenação. Eu sempre fiz clube de leitura, clube do livro. Fiz, também, um projeto muito interessante que os meninos adoram, que é o mérito literário que a gente vai premiar 6 alunos de cada turma no final do ano, na última semana de outubro. Serão escolhidos os melhores leitores do ano, aqueles que se destacaram dentro da leitura”.
- Colégio Nossa Senhora do Carmo | Foto: Acervo Pessoal
- Colégio Nossa Senhora do Carmo | Foto: Acervo Pessoal
- Colégio Nossa Senhora do Carmo | Foto: Acervo Pessoal
Patrícia conta, ainda, que desenvolveu um varal de poesia, feiras do livro, saraus, além da organização de livros escritos pelos alunos: “Organizamos uma feira de livros na escola, onde os livreiros são convidados a expor os livros, trazemos autores e fazemos uma tarde de autógrafos”.
Outra atividade realizada é a visita monitorada: “No começo do ano letivo, convidamos as turmas, uma de cada vez, para apresentar a biblioteca e explicar como o espaço é organizado para que os alunos possam localizar os livros e, assim, possam ver a importância da biblioteca pública dentro e fora da escola”. Além disso, durante a visita, também é apresentado os serviços disponibilizados para o estudante dentro da biblioteca, para dar suporte durante o ano letivo. Essa visita monitorada é um momento muito importante”.
As atividades desenvolvidas ultrapassam o convencional, um exemplo disso é que, para a festa junina deste ano, Patrícia conta que, “para uma turma, escolhemos o livro ‘A Menina Bonita do Laço de Fita’ para contar a história através da dança”.
- Colégio Nossa Senhora do Carmo | Foto: Acervo Pessoal
- Colégio Nossa Senhora do Carmo | Foto: Acervo Pessoal
- Colégio Nossa Senhora do Carmo | Foto: Acervo Pessoal
A profissional conta que, durante a pandemia, a fim de manter as atividades, realizou o empréstimo agendado, quando as escolas estavam fechada: “Para que as crianças pudessem ter acesso à biblioteca, realizamos um empréstimo agendado, no qual o aluno ligava para a escola após escolher o livro pelo sistema on-line que possuímos. Realizávamos um protocolo, o livro era embalado e deixado na recepção da escola para retirada do aluno. Quando era devolvido, ficava dentro de algumas caixas separadas por 10 dias após a entrega, antes de voltar para a estante”.
Além dos projetos desenvolvidos, a Bibliotecária trabalha em conjunto com os professores de português. “Eles trazem os meninos uma vez por semana, então apresentamos os livros e tentamos fazer com que o acervo interaja com o aluno e se torne mais atrativo”.
Patrícia conta, também, que há a necessidade de realizar a parte da organização e administração da biblioteca da melhor maneira possível, para que ela interaja com o restante do colégio e possa dar suporte à leitura para os alunos, professores e funcionários.
Para o futuro, a profissional conta que pretende fazer cursos de especialização na área de biblioteca escolar, uma vez que é a área com a qual mais se identifica.