Dia desses montei uma lista de sugestões de livros para presentear uma bibliotecária nesse natal. Se não quiser errar com um bibliotecário, dê a ele um livro de presente. Bibliotecários adoram ganhar livros. E mais ainda, adoram comprar livros. Já visitei várias casas de colegas de profissão, vi com meus próprios olhos. Tudo bem. Admito. Eu também compro livros por impulso.
É uma coisa linda, até você perceber que mais da metade dos livros que comprou estacionaram em uma estante da casa, sem serem lidos. Não há tempo suficiente. Mesmo assim, tá tranquilo. Na antibiblioteca de Umberto Eco os livros não lidos são mais importantes do que os lidos. E é muito melhor comprar livros do que gastar dinheiro com gadgets caros, farras de bebida ou roupas e calçados desnecessários. Podemos nos sentir orgulhosos que nosso objeto de consumo é um novo livro bem projetado e intrigante. Aquele cheiro de livro novo… Vocês sabem.
Verdade que a compulsão de comprar livros pode ser uma chatice, mas há muitas razões para continuar entregando-se ao ato de comprar livros sem a intenção imediata de lê-los. Então compus uma lista de razões estabilizadoras-do-ego para continuar libertando o bibliófilo que reside em nós, apesar do fato de que, bem, eu não sei, talvez até mais da metade das suas estantes consistam em livros que você mal começou a ler. Considere estas estratégias de enfrentamento.
Você apoia o livro
Esta é a era da tecnologia se infiltrando em uma indústria normalmente alheia a todos esses 1s e 0s. Ao comprar o livro, você está comprando o livro. Ele está cheio de páginas, tem uma lombada e uma capa que ressoa essa beleza. Segurá-lo em suas mãos dá a sensação muito maior de um livro, enquanto um eReader dá a sensação de segurar uma tela feita para imitar. Quando você compra o livro físico, você possui a melhor versão.
Fonte: Revista Biblioo | Moreno Barros