Transgêneros criam grupo literário na capital mineira
Com a premissa de incluir as representações de gênero na fala, escrita e em todas as formas de expressão, um grupo de escritores belo-horizontinos criou a Academia Mineira Transliterária. O objetivo é que os transgêneros sejam protagonistas de suas histórias, de sua cultura e também de suas expressões artísticas.
A iniciativa foi lançada no mês passado, em evento no viaduto Santa Tereza, na região central de Belo Horizonte. O Sarau do Amor teve várias atrações musicais e teatrais, além de um bazar e exposição de artistas trans, como Babi Macedo.
Ainda em germinação, o grupo já tem alguns poemas, contos e textos, mas nenhuma publicação. Além de um espaço de discussão sobre literatura, a ideia é que a academia funcione também como “caça-talentos” e que, aos poucos, vários escritores se juntem à iniciativa.
O projeto pretende lançar em breve uma coletânea com trabalhos literários de vários autores da população transgênera. A academia está temporariamente funcionando em uma sala no edifício Maletta, no Centro. As reuniões mensais acolhem debates sobre literatura e troca de textos e são abertas a qualquer pessoa que queira participar.