Data de publicação: 18/04/2013
Por UFMG Notícias
O Gabinete do Livro, iniciativa do Museu Vivo Memória Gráfica, inaugurou esta semana a exposição Bruno Munari: pré-livros, livros ilegíveis, livros… A mostra contém 14 obras do artista milanês, que representam o melhor da sua produção editorial, desde a década de 40 – com Le macchine di Munari (1942) e Il venditore di animali (1945) – até a década de 80 – com I prelibri (1980) e Libro illeggibile MN1 (1984).
Com a intenção de refletir sobre questões como “o que é um livro” e “qual a sua utilidade”, Bruno Munari (1907-1998) criou livros capazes de expandir e deslocar habituais modalidades de leitura e de percepção desses objetos. De acordo com o curador da mostra, Flávio Vignoli, ao proporem experiência ao mesmo tempo intelectual, estética e lúdica, os livros de Munari apresentam-se como “jogo, matéria, imagem, palavra e silêncio para todos os sentidos”.
Os livros resultam de atenção especial à educação infantil, na busca pela construção de “personalidades criativas”, e funcionam também como brinquedos que possibilitam aprendizado concreto por meio de diferentes experiências sensoriais: a ideia da “linha” dá lugar à linha ela mesma; o objeto coincide com a obra de arte e o jogo pode tornar-se um passatempo integralmente criativo e libertador.
Com o objetivo de formação de uma “mentalidade mais elástica e menos repetitiva”, o artista produziu, em 1980, I prelibri – nas palavras do próprio autor, “conjunto de objetos parecidos com livros, mas todos diferentes, para informação visual, tátil, material, sonora, térmica; todos do mesmo formato, como os volumes de uma enciclopédia que contém todo o saber ou, pelo menos, muitas e diferentes informações”. (MUNARI, Das coisas nascem coisas, Martins Fontes, 2002)
O Museu Memória Gráfica é projeto do Centro Cultural UFMG em parceria com a Escola de Belas Artes. A exposição pode ser visitada até 24 de maio, das 9h às 18h. O Centro Cultural UFMG fica na avenida Santos Dumont, 174, Centro de Belo Horizonte. Informações: 3409-8291.
(Com assessoria de comunicação do Centro Cultural UFMG)
Fonte: UFMG Notícias