Condições mínimas para a criação e instalação desses espaços estão previstas
Na quinta-feira (10), o Grupo de Estudos em Biblioteca Escolar (GEBE) tornou público o documento “Biblioteca escolar como espaço de produção do conhecimento: parâmetros para bibliotecas escolares – documento complementar 1: espaço físico”. A apresentação foi realizada no auditório da Praxis Softwares Gerenciais, em Belo Horizonte, e contou com a presença da presidente do Conselho Regional de Biblioteconomia 6ª Região (CRB-6), Mariza Martins Coelho (CRB-6/1637).
Apresentado pela professora da Escola de Ciência da Informação da Universidade Federal de Minas Gerais (ECI/UFMG) Bernadete Campello, o documento é resultado de um estudo feito durante dois anos sobre os espaços físicos das bibliotecas escolares e tem como objetivo flexibilizar e otimizar a utilização desses equipamentos, muitas vezes precários, sugerindo formas de ocupação do espaço, layout, mobiliário e, principalmente, chamando a atenção para equívocos comuns que devem ser evitados.
Segundo Bernadete, que coordenou o projeto, um dos desafios é dar visibilidade aos apontamentos do documento complementar 1. Ela acredita que é importante que a mensagem chegue até lugares mais remotos e, para isso, o arquivo será enviado para o e-mail das secretarias de educação do estado e do país. Além disso, o intuito do Grupo de Estudos é dar continuidade à pesquisa a partir de levantamento das demandas comuns dos profissionais, de maneira semelhante ao processo que deu origem ao documento, elaborado a partir de questões levantadas por bibliotecários e auxiliares em todo o Brasil, que opinaram sobre a melhor maneira de maximizar o uso de espaços muitas vezes insuficientes para bibliotecas.
A bibliotecária e integrante da Comissão de Bibliotecas Escolares do CRB-6 Marília Paiva (CRB-6/2262) também acompanhou a apresentação. Para ela, eventos como esse aproximam o Conselho de questões concretas que condicionam a atuação do bibliotecário e, portanto, fortalecem seu vínculo com a categoria à qual tem a tarefa de representar e defender. “Além disso, nesse momento específico, vem estreitar laços também com a academia e com o mercado, atores que fazem parte do percurso do bibliotecário desde a formação até o pleno exercício profissional”, pontua.
O documento também reforça a importância da implementação da Lei 12.244/10, que dispõe sobre a universalização das bibliotecas nas redes de ensino do país.