A biblioteca como centro de informação e cultura. O conceito, aplicado à Biblioteca Nacional de Brasília, permitiu que o espaço se transformasse em uma área de criação para os jornalistas brasileiros e estrangeiros que acompanharam a abertura da Copa das Confederações, realizada na capital em 15 de junho.
A estrutura, montada para atender à mídia de TV, rádio, impressos e portais, foi organizada por meio de uma parceria entre a Subsecretaria de Políticas do Livro e da Leitura da Secretaria de Cultura e a Secretaria Extraordinária da Copa 2014.
Como cidade-sede, Brasília optou por testar o serviço antes do Mundial. “Esperamos que esse trabalho tenha continuidade durante a Copa do Mundo, em 2014, e fique como um legado para a população”, afirmou a subsecretária de Políticas do Livro e da Leitura da Secretaria de Cultura, Ivanna Sant’Ana.
Em entrevista ao Portal Brasília na Copa, Ivanna fala da experiência de receber a imprensa na biblioteca e da missão diária de acompanhar e implementar ações voltadas às políticas públicas que têm como meta transformar Brasília na capital do livro e da leitura.
A Biblioteca Nacional tem revelado seu papel multidisciplinar, servindo não apenas como espaço físico que guarda livros. Exemplo disso foi a utilização do espaço, na abertura da Copa das Confederações, como Centro Aberto de Mídia… Sim. Nós temos uma concepção de biblioteca para o século XXI como um centro de informação e cultura. A biblioteca deixa de ser apenas um depósito de livros ou uma sala de estudos e passa a ser um espaço de referência onde se pode construir conhecimento e cultura. Esse é o espírito da Biblioteca Nacional.
Como foi a experiência de receber a imprensa na biblioteca? A possibilidade de estabelecer uma parceria com a Secretaria Extraordinária da Copa, no momento da realização da Copa das Confederações, foi fundamental para que esse espaço fosse inserido na dinâmica que a cidade estava vivendo, esse clima de um grande evento esportivo. Foi muito importante termos, aqui, a presença de jornalistas do Brasil e do mundo, que puderam ver que, além de um museu a céu aberto, como dizem, nossa cidade está preparada para oferecer serviços importantes à comunidade e à imprensa. Esperamos que esse trabalho tenha continuidade durante a Copa do Mundo, em 2014, e fique como um legado para a população.
No campo da leitura, quais foram as principais iniciativas da Subsecretaria de Políticas do Livro e da Leitura nos últimos anos? Entregamos o documento final do Plano do Distrito Federal do Livro e da Leitura, que traçam metas para promoção da leitura, difusão do livro, formação de mediadores de leitura e desenvolvimento da economia do livro. Para aprimorar nossas bibliotecas, firmamos, no final do ano passado, um termo de cooperação técnica com a Colômbia, que é referência internacional no ramo de sistema de bibliotecas. Em julho, virá uma delegação do país para a segunda etapa do termo, o que vai garantir a revitalização dos nossos espaços. Além disso, conseguimos promover, em abril do ano passado, a 1ª Bienal Brasil do Livro e da Leitura do DF.
Quais serão as próximas ações? Já estamos preparando a 2ª Bienal, em 2014, durante as comemorações do aniversário de 54 anos de Brasília. Os brasilienses podem aguardar mais um grande evento no ano que vem, às vésperas da Copa do Mundo. E, ainda em julho deste ano, lançaremos o novo projeto para as bibliotecas públicas, o Bibliotecas do Cerrado, que vai contemplar a Biblioteca Nacional e as demais 26 unidades que temos espalhadas em todo o Distrito Federal. Vamos dar vida nova a esses espaços.
Uma passo importante para a Biblioteca Nacional de Brasília foi dado na última quinta-feira com a abertura oficial do acervo da Coleção Popular Geral. O que isso representa para o serviço e para a população do DF? Foi um marco para a biblioteca, pois, após cinco anos desde que ela foi aberta para a comunidade, conseguimos colocar mais esse serviço tão importante à disposição dos usuários. Abrimos o primeiro acervo físico, composto por 15 mil livros de diversas áreas do conhecimento e da literatura nacional e internacional. Ele é fundamental para oferecermos um espaço com conforto, qualidade e cultura. Essa é uma ação essencial para transformar Brasília na capital da leitura, uma das metas do governador Agnelo Queiroz.
Fonte: Brasília na Copa