O Senado Federal analisa uma série de projetos de lei que tratam do incentivo ao uso de livros digitais, especialmente no ensino público. As propostas sugerem as mesmas concessões dadas aos livros de papel e também visam garantir o acesso de alunos da rede pública a estes conteúdos.
A leitura digital pode ser feita em e-readers, tablets, computadores ou smartsphones, por meio de aplicativos próprios. No ano passado, os livros eletrônicos representaram cerca de 2,5% do faturamento do mercado editorial brasileiro. Estudos na Noruega e nos Estados Unidos apontam que este meio desperta o mesmo interesse de leitura nas crianças e que pode até mesmo estimular alunos com déficit de atenção.
Para o senador Cristovam Buarque (PDT-DF), as crianças preferem os livros eletrônicos e os professores devem estar preparados para atender a essa realidade. O parlamentar tem mais de mil títulos arquivados em seu tablet pessoal.
“Eu, pessoalmente, já começo a preferir ler no tablet. Sublinho mais fácil, jogo nota para o final, é muito mais prático. Ler no papel é a mesma coisa de voltar a usar o papiro depois de Gutenberg”, compara o representante do Distrito Federal.
Já o presidente da Comissão de Educação, senador Cyro Miranda (PSDB-GO), as resistências a este tipo de leitura serão vencidas com o tempo. “A oferta do papel sempre vai existir, por determinado apego que a pessoa tem, mas acho que nós temos que quebrar paradigmas. Os livros já estão disponibilizados em bibliotecas eletrônicas. É uma ferramenta muito importante o tablet nas escolas para as novas gerações. Isso vai tomar conta”, projeta.
Fonte: Agência Gestão CT&I, com informações da Agência Senado