Diariamente, o Conselho Regional de Biblioteconomia 6º Região (CRB-6) recebe um sem-número de consultas, chamadas telefônicas, ofícios, comunicados, e-mails, questionamentos e outras formas de mensagens. Em geral, essas mensagens versam sobre dois tópicos: 1) dúvidas, sugestões, reclamações ou elogios e, 2) questionamentos sobre nossa atuação e fiscalização.
O retorno dado pelo CRB-6 ao primeiro tópico é rápido e pontual. Em geral, as principais informações estão disponíveis em nossos canais de comunicação e são constantemente atualizadas. Hoje, o Conselho conta com um site institucional, um blog, uma revista semestral, um boletim eletrônico semanal, além de contas no Facebook, Twitter e Youtube. Ou seja, as notícias estão ali, fresquinhas! Alguns bibliotecários ainda preferem receber informações pelo bom e velho telefone. E, nesse caso, também são prontamente atendidos.
O retorno dado sobre nossa atuação e fiscalização (sendo esse o motivo de ser dos conselhos) não poderia ser outro senão o mesmo de sempre: visitas fiscalizatórias em instituições em todo estado de Minas Gerais e Espírito Santo, autuação, julgamento e multa, quando uma organização não procede à contratação de um profissional bibliotecário. De Buritizeiro a Divinolândia de Minas, de Linhares a Vitória, de Formiga a Frutal, nossos fiscais percorrem todas as instituições públicas e privadas, de pequeno, médio e grande porte, comercial, cultural ou educacional… entre tantas outras definições cabíveis, em busca de um único objetivo: fiscalizar. Todas essas instituições, quando não contam com um bibliotecário, são levadas a julgamento.
E somos nós, conselheiros, quem procedemos aos julgamentos. Somos nós quem analisamos cada caso e deliberamos. Somos nós que, quando pertinente, exercemos aquele metafórico “trabalho de formiguinha”, de orientar cada uma das instituições visitadas ou julgadas sobre a importância de um bibliotecário no quadro de profissionais. Somos nós, conselheiros, que, de forma voluntária, trabalhamos em prol da profissão em Minas Gerais e no Espírito Santo.
Ainda assim, ainda que cumprindo tenazmente as suas funções primárias e mesmo desenvolvendo atividades suplementares que beneficiem nosso trabalho, há bibliotecários que se mostram insatisfeitos com as ações desenvolvidas pelo Conselho e, por consequência, pelos seus conselheiros, seus assessores e sua equipe de colaboradores. Numa democracia como a nossa, é perfeitamente válida a manifestação dos mais variados tipos. E isso é bom, pois melhor norteia sobre o que precisa e deve ser feito. A crítica, quando bem fundamentada, se torna uma colaboração indireta.
Usando, portanto, meu direito em questionar, eu pergunto: O que você, bibliotecário, está fazendo pela sua profissão? Muitaspessoas apontam os baixos salários oferecidos pelo mercado. Ora, se há quem aceite baixos salários, o mercado irá continuar a oferecer baixos salários. Se há quem se submeta a trabalhos considerados de menor prestígio, se há quem não ocupe seu devido espaço, e se há quem não venda o seu produto… o seu serviço… então, sim, as empresas irão continuar a ser como sempre foram, e o trabalho de quem se submete a algo assim pode não ter o mesmo valor que o dos seus pares de outras profissões. Isso é o que se chama “oferta e demanda”. Então, pergunto novamente: O que você está fazendo para mudar isso? Devemos lembrar que, em Minas, não temos um sindicato de bibliotecários. Poucos profissionais se mobilizam para reativá-lo.
Estamos às portas das eleições para a próxima gestão do CRB-6. Esta é uma oportunidade para que você, bibliotecário, possa começar a fazer algo pela sua profissão. É uma oportunidade de exercer um trabalho voluntário e digno em prol do seu trabalho. Este é o momento em que você pode colaborar na fiscalização do trabalho bibliotecário e ser a diferença que você espera do Conselho.
Procure o CRB-6 e faça parte da chapa de conselheiros da 17º Gestão. Isso é algo que você pode fazer por você e pelo seu trabalho!
Álamo Chaves de Oliveira Pinheiro | CRB-6/2970
Conselheiro Titular
Coordenador da Comissão de Divulgação
Ótima proposta de reflexão, a maioria dos bibliotecários vivem reclamando das condições de trabalho (que são mesmo deprimentes), do Conselho e etc… Mas quando perguntado o que vêm propondo em sua Unidade, quais projetos têm apresentado, o que vem buscando para transformar sua realidade, a resposta é; criticar as condições de trabalho (que são mesmo deprimentes), do Conselho e etc…
è querido amigo, críticas todos tem. Você faz um trabalho bom em Minas Gerais mesmo assim recebe críticas. Nós do CRB6 procuramos trabalhar em prol do Bibliotecário na divulgação de nossa profissão, e como pedido a você antes pelo facebook, gostaríamos de sua ajuda nesse sentido. Nossa função é fiscalização de ilegais no lugar de bibliotecário, só que, muitos colegas acham que temos que diminuir mensalidades do CRB6, conseguir emprego, mudar leis e não temos prerrogativas para isso. Estamos em processo de eleição para o CRB6 e poucos quiseram se candidatar, compor chapa, convido a todos que de alguma forma criticam nosso trabalho, que entrem e procurem fazer o melhor. Garanto que nosso objetivo sempre foi esse.
Parabéns Álamo, vc brilha!