O Vale-Cultura, que está sendo colocado em prática com a instrução normativa publicada no Diário Oficial da União, deverá ser eficaz para impulsionar o consumo de livros, revistas, jornais, cinema, teatro e outros itens.
Os trabalhadores com renda de até cinco salários mínimos terão 50 reais mensais para consumir bens culturais. Meta é de um milhão de pessoas no primeiro ano e 17 milhões quando o programa estiver todo implantado.
A presidente da Câmara Brasileira do Livro (CBL), Karine Pansa, faz duas projeções, mostrando o impacto que a medida poderá ter no mercado editorial:
• No primeiro ano, sendo contemplado um milhão de trabalhadores, se cada indivíduo inicialmente beneficiado comprar um livro por mês, serão 12 milhões de exemplares anuais. Isso significa quase 5% dos 268,56 milhões vendidos em 2012 nas livrarias e outros canais de comercialização ao público final, conforme números da última pesquisa sobre produção e vendas, realizada pela FIPE, para a CBL e SNEL.
• Se levarmos em conta o cumprimento da meta final de 17 milhões de pessoas, um livro por mês por trabalhador contemplado significaria 204 milhões de exemplares por ano. Ou seja, um acréscimo de 76% em relação a todos os exemplares vendidos ao mercado em 2012.
“O programa, portanto, está no caminho certo. Contribuir para que a sociedade aproprie-se do patrimônio do conhecimento é um dever crucial do Estado”, salienta Karine Pansa.
Fonte: CBL