Vitória é uma das poucas capitais brasileiras que possui bibliotecário em todas as unidades de ensino fundamental. Como prevê a Lei das Bibliotecas, sancionada em 2010, todas as escolas públicas, assim como as da rede privada, deverão ter uma biblioteca aos cuidados de um bibliotecário até 2020. Em Vitória, essa é uma realidade desde 2005.
Cinco anos antes da aprovação da Lei, as 52 escolas municipais de Ensino Fundamental já possuíam acervo próprio, com profissional da informação de nível superior responsável pelo espaço. “O trabalho realizado na biblioteca não é para ‘passar o tempo’ da criança. Em tempos em que a informação chega a nós praticamente mastigada, a biblioteca escolar assume o papel de estimular o pensamento crítico, o raciocínio lógico e a habilidade de reflexão do estudante”, diz Eduardo Valadares (CRB-6 ES/615), bibliotecário da Escola Municipal Tancredo de Almeida Neves, em São José, e Delegado do Conselho Regional de Biblioteconomia 6ª Região (CRB-6) no Espírito Santo.
Trabalho integrado nas bibliotecas escolares de Vitória
Tendo em vista o avanço tecnológico, Eduardo defende o aprimoramento do profissional. “Não é possível ser hoje o mesmo bibliotecário de dez anos atrás. Evoluir é preciso. Nós também precisamos nos transformar, sem deixar de lado os novos recursos, aliando conhecimento e tecnologia”.
Na rede municipal de ensino de Vitória, bibliotecários e professores articulam ensino e pesquisa, leitura e lazer, livro e debate crítico, com o objetivo de tornar a biblioteca um lugar de leitura, informação, memória e conhecimento.
Bibliotecário Eduardo Valadares em contação de história para os alunos de uma escola municipal de São José