O hábito de comprar livros que nunca serão lidos e acumulá-los em pilhas é familiar para quem gosta de ler. E há uma única palavra, em japonês, para designar a prática: tsundoku.
Na verdade, o substantivo é um jogo de palavras. “Tsundoku” corresponde à forma oral do verbo “tsunde oku”, que quer dizer “empilhar e deixar de lado por um tempo”. Mas “doku”, palavra expressa por um ideograma, corresponde ao verbo ler. Assim, criou-se uma nova palavra, cujo sentido é a aquisição de materiais de leitura que acabam empilhados, sem nunca serem lidos.
A ilustradora Ella Frances Sanders chegou a criar uma imagem para o vocábulo japonês, em seu livro “Lost in Translation: An Illustrated Compendium of Untranslatable Words from Around the World”.
A hipótese de que a popularização de leitores digitais (como Kindle e Kobo) acabariam com o acúmulo de livros físicos ainda não se concretizou – ao que tudo indica, pessoas gostam de juntar papel.
Segundo uma pesquisa do instituto Pew Research Center publicada em setembro de 2016, os livros de papel continuam a ser mais populares que o formato digital nos Estados Unidos.
2,71 bilhões de livros físicos foram vendidos nos EUA só em 2015, segundo o portal “Statista”, especializado em dados
255 milhões de livros físicos foram vendidos no mercado brasileiro em 2015 de acordo com a Pesquisa Produção e Vendas do Setor Editorial Brasileiro
Entre as razões que podem explicar por que algumas pessoas continuam comprando livros mesmo quando ainda há outros já empilhados para serem lidos há o status. Possuir muitos livros pode conferir aparência de conhecimento a alguém.
Há ainda outros motivos possíveis, citados pelo site “Ozy”. Às vezes, colecionadores os adquirem por nostalgia – lidos na infância ou adolescência, os livros podem passar a simbolizar um perí
Fonte: Nexo Jornal