No Santuário do Caraça, localizado em Catas Altas (MG), um lugar que guarda preciosidades históricas e culturais, a Bibliotecária Kely Maria da Silva (CRB-6/3751) atua na linha de frente da informação. Mais do que organizar livros, ela é uma peça fundamental entre os pesquisadores e o grande acervo documental. Kely nos mostra que, em uma era de acesso instantâneo, o trabalho do Bibliotecário é mais relevante do que nunca.
Kely trabalha com um público que busca acervo documental para pesquisa e os auxilia no manuseio dos livros, ela explica que, por mais avançado que seja um sistema informatizado, ele não funciona sem a experiência de um profissional que domine as normas de catalogação e organização do conhecimento. Seu dia-a-dia inclui o desafio de lidar com pesquisadores que, muitas vezes, esperam que ela encontre e selecione todo o material para eles.
“O Bibliotecário é o elemento chave para a recuperação da informação. Nada adianta um sistema informatizado se não houver quem saiba as normas de catalogação e organização da informação para facilitar a busca e a recuperação de dados pelos usuários.
Hoje, eu trabalho com um público muito ligado a pesquisas de acervo documental, onde muitas vezes são feitas solicitações por e-mail. Esses pesquisadores não querem ter trabalho em pesquisar, em ler, selecionar material, escrever, muitas das vezes acreditam que é somente dar um tema que já se localiza toda pesquisa. Aí entra o grande desafio, fazer com que entendam o que realmente é uma pesquisa.” Afirma.
Segundo a Bibliotecária, quando as pessoas descobrem a profundidade e complexidade do seu trabalho, ficam surpresas. O trabalho vai muito além da leitura: abrange o processamento técnico, a disseminação da informação, a realização de atividades culturais, a assessoria em pesquisas e, claro, o atendimento ao público.
“A maioria das pessoas, quando falo ser uma Bibliotecária, me pergunta se passo o dia todo lendo os livros existentes no acervo. E quando eu explico um pouco sobre a profundidade que existe no trabalho do Bibliotecário, elas ficam encantadas. Processamento técnico, o tratamento da informação: catalogar, classificar, indexar, a disseminação e o acesso à informação, realizar atividades culturais e educativas, assessorar em atividades de pesquisa, além do atendimento ao público.” Afirma.
Com o depoimento de Kely, fica claro que a profissão vai muito além do que se imagina. Em um mundo de acesso instantâneo, o Bibliotecário é o profissional-chave para organizar e recuperar a informação, educando os usuários para que a pesquisa seja eficiente e significativa. Eles são mediadores do conhecimento, garantindo que as pessoas encontrem exatamente o que precisam de forma segura.




