A Escola Municipal Prof. Elson José de Souza, na cidade de Vila Velha, no estado do Espírito Santo, inovou criando o próprio clube do livro na biblioteca da instituição com o objetivo de aproximar os alunos da leitura e desenvolver a criatividade.
A ideia de criar o “CineBook”, veio da Bibliotecária Ana Beatriz da Silva (CRB-6/947ES) que trabalha ativamente na biblioteca da escola. Unindo tecnologia e a literatura, os alunos viajam pelas histórias escritas nas obras e, após finalizar a leitura, eles criam um curta metragem baseado na história do livro escolhido e fazem uma sessão cinema com direito a pipoca.
Esse projeto, além de aproximar os alunos dos livros, garante uma interação entre os próprios estudantes que, em conjunto, se desenvolvem intelectualmente, formando um senso crítico e desenvolvendo ainda mais a criatividade.
A Bibliotecária Ana Beatriz conta como os projetos desenvolvidos por ela fez com que os alunos visitassem mais a biblioteca da instituição, o que tornou o espaço o local favorito dos jovens.
“Os projetos que mais contribuem para transformar a percepção dos estudantes sobre a biblioteca são aqueles que estimulam a criatividade e permitem a produção de algo único. Um exemplo marcante é o projeto “Jovens Escritores”, no qual cada participante escreve seu próprio livro à mão, em um caderno. Em seguida, utiliza recursos tecnológicos para digitar o conteúdo e criar a capa. O projeto culmina com o lançamento do livro impresso, em um evento especial com a presença dos familiares e entrega de certificados de autor.
Outro projeto de grande destaque entre os alunos é o “CineBook”. Nele, cada dupla de uma turma escolhe um livro diferente para empréstimo e, após a leitura, grava um vídeo contando sobre a obra. Todos os vídeos são reunidos e editados em um curta-metragem, exibido em uma sessão de cinema com pipoca e refrigerante”, afirma.
A Bibliotecária deixa um conselho para quem deseja tornar a biblioteca o espaço preferido dos estudantes na instituição em que trabalha.
“Acredito que o principal é conhecer bem o público com o qual se trabalha. No ambiente escolar, cada turma possui um perfil específico: algumas se envolvem mais com atividades criativas, outras se destacam nas produções escritas, e há aquelas que preferem a leitura livre. Por isso, é fundamental estar atento às necessidades e interesses de cada grupo, buscando estratégias que os cativem e proporcionem experiências significativas na biblioteca. Dessa forma, os estudantes saem da escola não apenas com boas lembranças, mas também com o prazer pela literatura fortalecido — o que pode acompanhá-los por toda a vida”, conclui.




