No Espírito Santo, um Bibliotecário tem deixado sua marca onde poucos imaginam: em canteiros de obras, arquivos corporativos e grandes empresas. Jean Carlos Costa Zamborlini (CRB-6/737ES), encontrou na Biblioteconomia uma forma de transformar estruturas, otimizar processos e garantir o acesso à informação com responsabilidade, mostrando que o trabalho do Bibliotecário vai muito além das estantes de livros.
“Algo ou alguém sempre te escolhe na vida. No meu caso, foi a Biblioteconomia que me escolheu para ser mais um cidadão com requisitos para apoiar e orientar a sociedade”, afirma. “O que mais me levou a seguir esse caminho foi descobrir que a área te leva muito além dos livros.”
A certeza de estar na profissão certa veio ainda nos primeiros anos de carreira, diante de um desafio que unia conhecimento técnico e responsabilidade. Em 2002, ao assumir a organização do arquivo de uma empresa de construção civil, Jean percebeu que a estrutura onde os documentos estavam armazenados, no terceiro andar do prédio, poderia oferecer riscos à segurança.
“Perguntei a um engenheiro o que poderia acontecer com o aumento gradual de peso naquele local. Ele foi direto: o prédio poderia ter impactos na estrutura”, lembra. A partir dessa conversa, Jean levou o alerta ao gestor e, pouco depois, foi chamado pelo dono da empresa para elaborar um novo projeto de arquivo. “Hoje, o arquivo está no térreo, ao lado da oficina, e segue todas as normas vigentes. Foi um divisor de águas.”
Atualmente, Jean trabalha na da SOS Docs — referência em tecnologia, gestão documental e inteligência artificial — e descreve sua principal função como a de garantir que a informação circule com confiabilidade e transparência, tanto entre os colegas quanto com os clientes. Para ele, a atuação do Bibliotecário ainda é pouco compreendida, apesar de ser fundamental para o bom funcionamento de empresas, instituições e da sociedade como um todo. “A cada dia percebo a importância dos profissionais da informação no mercado. Temos algo que nenhuma tecnologia supera: a motivação de ajudar e apoiar a sociedade em todas as suas esferas”, afirma.
Essa percepção também está ligada à forma como ele vê o impacto social da profissão. “O Bibliotecário precisa ser visto de forma mais ampla. Precisamos nos tornar uma peça obrigatória nessa engrenagem chamada sociedade”, revela.
Sobre o Conselho Regional de Biblioteconomia 6ª Região (CRB-6), Jean acompanha o trabalho por meio das redes sociais e reconhece o esforço em mostrar as múltiplas formas de ser Bibliotecário. “Vejo o papel do CRB-6 não só na fiscalização, mas também no apoio a questões sociais e profissionais. Só gostaria que o Conselho estivesse mais próximo fiscalmente aqui no Espírito Santo.”
Com mais de duas décadas dedicadas à Biblioteconomia, Jean segue atuando com paixão e consciência do seu papel. E reforça, com firmeza, a importância de uma profissão que precisa, e merece, ser mais valorizada.