O Presidente do Conselho Regional de Biblioteconomia 6ª Região Minas Gerais e Espírito Santo (CRB-6), Álamo Chaves (CRB-6/2790), concedeu uma entrevista ao programa Revista da Tarde, na Rádio Inconfidência, no dia 15 de novembro. A programação abordou a importância da leitura para a vida.
A apresentadora Déborah Rajão abriu a entrevista falando sobre os benefícios da leitura e destacando uma problemática: os prejuízos da internet. Ela comentou que a chegada da televisão, internet e canais de streaming, diminuiu o tempo de leitura das pessoas, o imediatismo das redes faz com que ler um livro inteiro se torne um enorme desafio, sendo assim, é importante que profissionais como os Bibliotecários incentivem o hábito da leitura através de ações que atraiam o público.
Para o presidente do CRB-6, a leitura tem a capacidade de estimular a habilidade cognitiva como o desenvolvimento da criatividade, de funções neurológicas, da aprendizagem. Ela pode ampliar o vocabulário, e tem ressonância em diversas habilidades de uma pessoa. Aqueles que têm, por exemplo, o hábito de ler, desenvolvem um melhor raciocínio lógico, conseguem realizar operações matemáticas e outras questões mais relacionadas à área das exatas com muito mais facilidade, Já, a pessoa que não tem o hábito da leitura, não desenvolve tão bem as mesmas questões, apresentando maiores dificuldades de raciocínio e entendimento.
O presidente enfatizou ainda a importância de incentivar o hábito da leitura em crianças e adolescentes, sem se esquecer dos adultos, uma vez que é uma atividade com eco e ressonância em diversas dessas ações. “O hábito da leitura não precisa começar com livros densos. Através de revistas de consultórios médicos, por exemplo, é possível realizar a mudança de hábito”, analisa.
E o que fazer para levar as pessoas para a biblioteca? O presidente alerta que existe um problema importante para se levar em conta, antes de pensar em ações que estimulem as pessoas a utilizarem mais o espaço das bibliotecas públicas. “Muitas bibliotecas públicas estão sucateadas, precarizadas pelo poder público, então, é importante que o nosso governo, municipal, estadual ou federal, invista nas bibliotecas, pois devem ser atraentes para o público. O governo precisa investir em um acervo qualificado, imobiliário, em pessoal, em espaço físico adequado. A unidade deve estar em uma área estratégica e atender os diversos horários — de manhã, de tarde e de noite. Existem bibliotecas, por exemplo, que abrem de madrugada. Observamos uma série de fatores a serem analisadas para responder a questão da atratividade das bibliotecas”.
