Por trás das decisões clínicas, das pesquisas acadêmicas e da formação de novos profissionais de saúde, existe um trabalho silencioso e altamente qualificado. É nesse espaço que atua Marjory Cristina Donato (CRB-6/3700), bibliotecária responsável pela Biblioteca Setorial do Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (HC-UFU), gerido pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh). Desde novembro de 2021, ela ocupa um papel que foge completamente do imaginário tradicional sobre a profissão.
“Sou Bibliotecária responsável pela Biblioteca Setorial do Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia. Diferente do trabalho tradicional, quase não atuo com materiais físicos — o foco principal está no apoio à prática clínica e à pesquisa acadêmica de nível de graduação e pós-graduação”, explica. “Auxilio estudantes e profissionais, especialmente no desenvolvimento de trabalhos acadêmicos, oferecendo suporte na formulação de estratégias de busca, uso de bases científicas e seleção de fontes confiáveis”.
A rotina inclui atendimentos, treinamentos e colaboração com profissionais de saúde, inclusive no Núcleo de Avaliação de Tecnologias em Saúde (NATS). “Contribuo para a inovação por meio da participação no NATS, colaborando com buscas e análise de evidências científicas que embasam decisões sobre a adoção de tecnologias no hospital.”
Sobre o Conselho Regional de Biblioteconomia 6ª Região (CRB-6), Marjory reconhece a atuação, mas aponta limitações. “A impressão que tenho é de que sua atuação se concentra mais em Belo Horizonte e região, além de focar nos modelos mais tradicionais de biblioteca.” Ela defende maior fiscalização sobre a presença de bibliotecas em hospitais com residência médica, como prevê a Resolução CNRM nº 2, de 07 de julho de 2005: “Este pode ser um importante passo para o reconhecimento da nossa atuação”, finaliza.