O Conselho Regional de Biblioteconomia 6ª Região (CRB-6) recebeu o estudante do curso de biblioteconomia Pedro Lages para desenvolver um projeto inovador que visa padronizar informações e otimizar processos de cadastro de entidades no sistema utilizado pelo Conselho.
Original de Campinas, Pedro se mudou para Belo Horizonte para estudar biblioteconomia na Escola de Ciências da Informação da Universidade Federal de Minas Gerais (ECI/UFMG). O estudante realizou seu estágio obrigatório nas dependências do CRB-6 sob a supervisão direta do presidente, Álamo Chaves (CRB-6/2790).
O trabalho em desenvolvimento visa o controle de autoridades, organizado em formato de planilha, para consulta dos operadores do sistema de cadastro dos profissionais Bibliotecários do CRB-6. Ele servirá de referência para o cadastro dos profissionais que, até então, carecia de um sistema de controle automático, como um sistema de remissivas. Apesar de se destinar a uso interno, o estudante espera que sirva de referência para pessoas envolvidas em projetos similares e impactados por limitações semelhantes.
A ideia, que partiu do CRB-6, tem tomado forma nas mãos de Pedro que revelou que “existia a necessidade de padronização das entradas de entidades no sistema do Conselho, já que, muitas vezes, cada entidade era registrada de uma forma diferente. A UFMG, por exemplo, poderia constar como UFMG, Universidade Federal de Minas Gerais, Universidade Federal de MG, UF de Minas Gerais, entre outras formas. Além disso, existe, também, uma limitação de 60 caracteres para o campo onde é registrada essa informação. A ideia era criar uma regra para que todas essas entradas coubessem no campo destinado a elas e que ficassem sempre iguais quando tratando da mesma entidade”.
Sobre a elaboração do projeto, o estudante conta que a parte teórica teve de ser considerada por algum tempo, antes de decidir por uma aplicação, uma vez que, segundo o mesmo, “existem condições e regras que podem facilitar ou dificultar a inteligibilidade do controle de autoridades. Coisas como acentuação, abreviações e relação entre entidade responsável e local de atuação afetam o processo e podem prejudicar o trabalho dos profissionais que utilizam o sistema, se não forem bem pensados”.
A partir de então, o projeto, em si, foi elaborado em uma planilha em que constavam todas as entradas, sem padronização, para que cada uma fosse analisada individualmente e adequada ao formato. Além disso, Pedro explica que “foram elaboradas três listas auxiliares para o controle das entradas: uma para abreviações e duas para siglas oficiais, de órgãos públicos e instituições de ensino respectivamente”.
Sob o ponto de vista pessoal, o estagiário conta que quando iniciou o projeto “tinha a impressão de que seria uma tarefa simples e teria tempo de sobra”, no entanto, “todas as etapas do projeto foram bastante desafiadoras e eu precisei lembrar de muita coisa vista ao longo do curso. Pode-se dizer que foi bastante enriquecedor nesse sentido, de colocar à prova o que foi visto em aula”.
Além disso, o estudante revela que houve uma evolução considerável da ideia original à forma atual, uma vez que “novas necessidades de padronização surgiram enquanto eu adequava as entradas. Fica como um aprendizado muito valioso para possíveis projetos futuros. Eu, provavelmente, tenho bastante a aprender com ele ainda”.
Para ser disponibilizado, o projeto ainda precisa ser implementado e avaliado pelos usuários. Caso o resultado não seja satisfatório, Pedro afirma que precisará realizar ajustes. Além do teste é necessário finalizar o manual de uso da ferramenta para então liberar o uso da plataforma.