Vivemos em um mar de fatos institucionais. Os fatos institucionais são criados pela linguagem, mas nem sempre é simples enxergar o funcionamento da linguagem nesse sentido. Estamos conscientes da linguagem quando iniciamos uma conversa, recebemos um telefonema ou pagamos nossas contas, mas nem sempre estamos conscientes do importante papel constitutivo da linguagem nas relações institucionais em que estamos imersos em nossas atividades rotineiras. Pessoas tem a capacidade de criar poderes e atribuir status, os quais são as bases das instituições, através de atos da fala significativos e da intencionalidade.
Documentos, por sua vez, perduram ao longo do tempo e são capazes de estender a ações humanas além dos limites da linguagem também através de atos, denominados atos dos documentos. Nesse contexto, a função dos documentos transcende o registro de dados para se tornar uma das características distintivas da sociedade contemporânea.
O objetivo da palestra é explicar a transição da linguagem para documentos quando da geração de fatos institucionais, no contexto da ontologia do social, disciplina que estuda os fenômenos responsáveis pela criação e manutenção da sociedade humana e de suas instituições.
Abertura: Prof. Mauricio B. Almeida
Professor do PPGCI-ECI/UFMG
Palestra: Eduardo de Mattos Pinto Coelho
Doutor em Ciência da Informação, atualmente exercendo a função de Auditor Municipal de Tributos na Prefeitura Municipal de Belo Horizonte, Sua pesquisa tem se destacado pela associação de recursos teóricos e metodológicos da Ciência da Informação à atividades de recuperação de informação e de análise estruturada de inteligência no contexto da inteligência fiscal municipal.
Serviço
24 de março de 2014 | 14h
Escola de Ciência da Informação – UFMG