Marido está internado e sem saber da morte da mulher
O sonho de ser mãe para Tatiane de Assis Albuquerque, de 38 anos, foi interrompido na madrugada do último domingo num acidente que tirou sua vida e de outras 14 pessoas, em Paraty, na Costa Verde. A bibliotecária, apaixonada por viagens, morava no bairro da Freguesia, na Ilha do Governador. Paraty era um dos seus lugares favoritos. Ela já havia visitado a cidade outras quatro vezes.
Tatiane, ou Tati, como era chamada carinhosamente pelos parentes e amigos, foi enterrada na tarde desta terça-feira, no Cemitério de São Francisco Xavier, no Caju.
— Uma mulher meiga, com brilho nos olhos e que sempre ajudou aos nossos pais. Ela queria agora constituir sua própria família – lamentou o irmão mais velho, Alexandre de Assis Albuquerque, de 42 anos.
Flamenguista, para Tatiane não havia tempo ruim. Ela sempre estava feliz e planejando uma viagem ou uma trilha pelo interior do Rio.
— Não temos que buscar o significado para a morte e sim uma razão para a vida. Tatiane sabia fazer muito bem isso. Não imagino como serão os próximos dias sem ela no trabalho — disse Auriel de Almeida, que há oito anos trabalhava com Tatiane na Funarte.
Segundo Alexandre, irmão da vítima, Adaílton Braz, de 37 anos, marido de Tatiane — e que viajava com ela no ônibus — ainda não sabe da morte da mulher. Ele está internado no Hospital de Japuíba, em Angra dos Reis, onde foi operado.
Fonte: O Globo