O Conselho Regional de Biblioteconomia 6ª Região (CRB-6) celebrou, na última semana, o Dia do Bibliotecário, comemorado oficialmente em 12 de março. A programação contou com palestras ricas em conhecimento e troca de experiências em Minas Gerais e no Espírito Santo.
Em Belo Horizonte, o evento foi realizado no Auditório Adriana Bogliolo, da Escola de Ciência da Informação (ECI), na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Foram três dias de evento: 18, 19 e 20 de março. Já em Vitória, as palestras aconteceram no dia 18, no auditório do Conselho Regional de Contabilidade do Espírito Santo (CRC-ES).
Com a temática “Tendências e inovações tecnológicas em bibliotecas” abordadas em ambos os estados, as palestras conversaram entre si, destacando soluções para o futuro da biblioteconomia, além de buscarem formas de tornar as bibliotecas mais inclusivas.
Palestras como a “Biblioterapia como ferramenta humanizadora e impactante nas bibliotecas”, em Vitória, e a mesa de discussão sobre “Bibliotecas antirracistas e letramento racial”, em Belo Horizonte, deixou profissionais e alunos cheios de novas experiências, conhecimento e inspiração para continuar a jornada.
Confira, abaixo, como foi o evento em cada cidade:
Vitória
A abertura do evento, em Vitória, ficou por conta do presidente do CRB-6, Álamo Chaves, e da delegada regional no Espírito Santo, Júlive Argentina. Em seguida, a representante da Bibliotheca Sistemas do Brasil, Fabiola Rabelo, apresentou o tema: “Tendências e inovações tecnológicas em bibliotecas”.
A primeira palestra do dia foi ministrada pela Bibliotecária Gabriela Gobbi (CRB-6 ES/825): “O Bibliotecário frente ao patrimônio cultural: Possibilidades e desafios”. Na sequência, a Bibliotecária Rodenir Zucatelli (CRB-6 ES/273) conduziu a palestra “Biblioterapia como ferramenta humanizadora e impactante nas bibliotecas”. E, para fechar a programação, houve a participação da contadora de histórias Cléia Plaster, trazendo o tema “Uma boa história precisa ser contada: a trajetória de uma contadora de histórias e suas ideias lúdico-pedagógicas no ambiente escolar e familiar”.
A Bibliotecária Eliana Terra (CRB-6 ES/657), coordenadora das bibliotecas escolares da rede municipal de ensino de Vila Velha, ressaltou a importância do evento e parabenizou o CRB-6 pela iniciativa: “Foi muito bom, bastante proveitoso. Todas as palestras foram muito boas, as temáticas conversaram entre si. A gente é que tem a ganhar com esse evento”, disse.
O dia também contou com sorteio de brindes e um Coffee Break patrocinado pela empresa Bibliotheca Sistemas do Brasil.
Belo Horizonte
Em Belo Horizonte, quem abriu os três dias de palestra foram a vice-presidente do CRB-6, Fabíola Terenzi, e o diretor da Escola de Ciência da Informação da UFMG, Eduardo Valadares. Entre os temas trabalhados, ganhou destaque a mesa “Bibliotecas antirracistas e letramento racial”, tema central deste ano. A Bibliotecária e professora Ana Paula Meneses Alves (CRB-6/3636) trouxe a palestra “Pequeno manual da pessoa bibliotecária antirracista””. Ela falou que a biblioteca tem que ser vista como espaço de mudança da sociedade e, para isso, precisamos preparar as pessoas para que tenham consciência e saibam lidar com criticidade. “O profissional Bibliotecário tem essa responsabilidade de incluir pessoas e, para fazer isso, ele precisa estar educado e letrado racionalmente”, frisou.
Participante da mesa, a primeira professora negra da UFMG, Maria Aparecida Moura, ministrou a palestra “Justiça epistêmica e as vidas negras no vestígio: afrofuturismo e afropessimismo no contexto brasileiro”. Ela ressaltou que ter uma compreensão mais adequada sobre letramento racial e questões que atravessam o tema são imprescindíveis para o aprimoramento da atividade profissional dos Bibliotecários, uma vez que eles são desafiados como uma instância de formação humana: “O que nós trouxemos aqui foi o conjunto de provocações para que as pessoas possam estar atentas e fortes na luta contra o preconceito racial, que também se materializa em bibliotecas”, ponderou.
A palestra “A centralidade da biblioteca escolar no contexto da Educação” também foi outro destaque do evento. A mesa foi ocupada pela analista de Projetos Educacionais do Sistema FIEMG, Gilmara Silva, e pelas Bibliotecárias do Sistema FIEMG, Rejane do Nascimento Oliveira (CRB-6/1818), Denise Fabiana Cardozo (CRB-6/2848) e Edvânia Guedes (CRB-6/1686).
“Eu gosto de pensar que a inovação está dentro da gente e que não precisamos criar algo novo, extremamente tecnológico. A gente pode inovar com pouco ou quase nada. Basta querer. Ações simples do cotidiano são valiosas para nós, dentro desse contexto de inovação”, disse a bibliotecária na Escola SESI Benjamim Guimarães, Denise Cardozo.
Houve, ainda, uma apresentação sobre transformação em serviços de bibliotecas, realizada por Izabela Capovilla (CRB-6/1293), executiva da empresa Praxis Softwares Gerenciais, e palestras sobre Planejamento da carreira e vivência no exterior; Atuação bibliotecária em saúde; Gestão de dados de pesquisa; e relatos sobre a centralidade da biblioteca escolar no contexto da Educação.
Em Belo Horizonte também houve sorteios de brindes e, nos três dias de evento, o Coffee Break foi patrocinado pela empresa Bibliotheca Sistemas do Brasil.
Informações sobre os certificados de Belo Horizonte devem ser obtidas pelo site https://semanadobibliotecario.eci.ufmg.br, ou pelo e-mail bib@eci.ufmg.br. Para quem acompanhou as palestras de Vitória, deve entrar em contato pelo e-mail: secretaria@crb6.org.br.
Crédito das fotos de Belo Horizonte: Miguel Magno.